The Walking Lines: Discussão sobre o S03E16,“Welcome to the Tombs”

Geekdama no Google News

E chegamos ao fim de mais uma temporada de The Walking Dead… chegamos mesmo? É hora do The Walking Lines, abordando diversos pontos de vista sobre o décimo sexto episódio, “Welcome to the Tombs”.

A ideia da coluna é proporcionar múltiplas visões e discussões mais aprofundadas. O formato ainda está em fase de testes. Críticas e sugestões de melhorias sempre são bem vindas. Veja também os comentários do The Walking Lines dos episódios anteriores da 3ª Temporada.

Lembrando que além das análises da equipe do site The Walking Dead Brasil, abrimos o espaço para todos os fãs da série criarem suas próprias resenhas para publicação. Não deixe de conferir os selecionados desta semana!

 

Realidade

Por José Carlos Marujo

Em um – polêmico – episódio conseguimos resumir toda a terceira temporada. Cada sentimento teve o seu momento – do amor de Rick pela esposa, passando pelo amadurecimento de Carl e de todo o grupo, mostrando o desequilíbrio do Governador e chegando à amizade construída entre Andrea e Michonne. Um episódio emocionante, como um pouco de tudo que a gente gosta: guerra, drama, mortes, ação…
A morte de Andrea constitui um dos momentos mais emocionantes de toda a série (o que não deixa de ser uma decepção, confesso que esperava que ela matasse Philip) e pela primeira vez temos noção da dimensão de sua amizade com Michonne.
Carl já não é mais uma criança. Nem tampouco um herói. Se e o primeiro assassinato do garoto é alguma indicação, a quarta temporada promete ser ainda mais madura, mais decisiva e, com toda certeza, muito mais emocionante. O final nos deixa aquela sensação agridoce, Rick finalmente está de volta à realidade, mas, acima de tudo, o Governador ainda é uma ameaça. Uma ameaça perigosa. Uma ameaça real.

 

Esse foi o penúltimo episódio né? …Não?! Pois muito pareceu!

Por Talles Santana Borges

Faltou ação, porque aquela invasão de um grupo de trocentas pessoas armadas até os dentes (até um lança-granadas!) sabendo que o grupo adversário tem beeeem menos pessoas, pra depois acabar virando numa fuga sem ninguém se arranhar de nenhum dos lados, foi broxante e até risonha (“aquilo foi um MASSACRE” disse uma cidadã. HAHAHAH rolei da cadeira)

Faltou drama também. O quê?! Era pra chorar com a morte da Andrea? Na fazenda a mulher treinava tiro, matava zumbi com chave de fenda, sobreviveu no mato sozinha, pra nessa temporada virar a “vadia do governador”, ficar cega de amores e só ficar em cima do muro. Eu queria mais era que ela morresse cercada pelos zumbis flamejantes!

Ainda no drama (ou falta dele), tivemos um puta episódio anterior, talvez o mais decente da temporada, com a redenção do Merle e o choro do Daryl, e o que acontece nesse? Nada? Ninguém deu falta dele? Daryl não tava com “sangue nos zóio” querendo botar toda Woodbury abaixo!?

E o Governador? Ficou putinho com a fuga do pessoal, fuzila todo mundo e vai pra onde? Nebraska? Pro boteco? Porque horas depois Rick e o grupo chegam em Woodbury, entram lá numa boa e nem sinal do vilão.

E o pior, em nenhum momento criou-se aquele clima que nos deixa ansiosos pela próxima temporada. Lembram das frases épicas do season 2 finale? “CARA! QUEM É ESSA NINJA!?” ou “Nossa! um CASTELO!!”

Esse episódio (e provavelmente a temporada) em uma palavra: Inconsistência

Quem escreveu isso pelo amor de deus? Gloria Perez!?

 

Sangue nas mãos

Por Andrio Mandrake

Quando pensamos num mundo pós-apocalíptico como The Walking Dead, é considerável sujar as mãos vez ou outra. Já matar outras pessoas, é outra história. É uma abordagem sobre como o ser humano reage em situações extremas. Sobre autocontrole e determinação, e sobre o que se trata a tal humanidade do homem, e até aonde ela vai. Alguns têm um talento para a liderança, como o Governador, e isso somado a uma mente que sucumbe às pressões, formam um indivíduo perigoso. Um monstro interiorizado dono de fome voraz.
Mas o que diferencia assassinato de “fazer o que tem de ser feito”? Talvez a linha seja mais tênue do que parece. Carl executou um garoto à sangue frio. Um tiro certeiro à queima roupa. Ele tinha suas razões, inspiradas pelas falhas do pai. Mas não poderia este ser um pequeno passo rumo a um poço como o que Philip entrou? “Fazer o que tem de ser feito” não pressupõe indiferença. Então, é fácil matar uma pessoa quando se pode justificar. Mas justificativas podem ser criadas. A verdade é o que se aceita como verdade, basta que seja contada de forma incisiva.
E esta indiferença de Carl pode crescer e se tornar uma fome por sangue, afinal, como seria se ele decidisse matar todos aqueles que ele julgasse que representam inimigos potenciais? Teríamos então um embrião de um novo Governador.

 

Cadê o grand finale?

Por Bruna Evelyn Ribeiro – BelezaGeek

Bem, ao contrário de muitos não achei esse episódio péssimo. Eu até gostei. Não muito, mas gostei. Mas confesso que fiquei decepcionada. Muito. Foram semanas de expectativa, aguardando o grande confronto final, a cada episódio, e onde ele foi parar? Acho que os produtores deram muita mancada nesse final. Como já disse, não porque o episódio foi ruim, mas porque eles ficaram enrolando alguns acontecimentos e acabaram criando muita expectativa nos fãs, então, quando finalmente chegou a hora, não foi nem metade do que esperávamos. Pelo menos foi assim que me senti.
Quanto às mortes, o que foi aquele massacre do Governador contra seu próprio grupo? Acho que agora ele assinou o contrato oficial de insanidade. Pobre, Milton. Ficou tanto tempo ajudando aquele maníaco para depois ter um fim violento daquele. Quanto a Andrea, não me conformo com a morte dela. Eu esperava um crescimento da personagem para ter a chance de ver aquela perfeita atiradora badass da HQ. E agora? Achei forçada a morte dela. A mulher ficou quase metade do episódio brigando com o alicate para se libertar, se distraindo várias vezes com o Milton. Nos 45 do segundo tempo ela consegue finalmente se libertar rapidinho e acaba sendo mordida? Muito forçado. Acho que daria perfeitamente para ela ter se libertado a tempo de fugir dali e permanecer viva.
Tenho a sensação de que a espera para a 4ª temporada não vai ser tão sofrida quanto das outras vezes. O episódio acabou, mas não ficou aquela sensação de curiosidade absurda pra saber o que vai acontecer a seguir. Mas, que venha a 4ª temporada, que tenha menos enrolação nos episódios finais e que supere nossas expectativas.

 

Um final alternativo

Por Jordan Florio de Oliveira

Um final que nada encerrou. Esta é a sensação de quem assistiu a season finale de TWD.
O Governador demosntrou grande versatilidade no quesito loucura: passando pelo estilo Jigsaw de Jogos mortais ao trancafiar o agozinante Milton na mesma sala que Andrea algemada a uma cadeira de dentista e depois encarnando o personagem de Michael Douglas no filme Um dia de fúria, quando assassinou friamente praticamente todos os sobreviventes do ataque fracasso à prisão.
Rick e seu grupo usaram magistralmente uma tática com a qual a rússia derrotou potências como a Franca de napoleão e a Alemanha de Hitler, a chamada tática de terra devastada foi usada de maneira eficiente pelos experimentados mebtros do “tema prision”.
Outro destaque do episódio foi o descontrole adolescente de Carl, ao executar sumariamente um jovem de Woodbury que estava se entregando, relembrando muito seu “padrastro” Shane.
Se por um lado o episódio fio frustrante pro não mostrar a tão aclamada batalha final entre woodbury e a prisão, ela abre uma grande possibilidade de surpresas e emoções diferente da Hq para a quarta temporada. Esperamos que a falta de Mazzara não diminua a qualidade da nossa tão querida série.
Agora, só nos resta esperar até outubro.

 

“Matar ou morrer” ou “morrer e matar”?

Por Bernardo Brum

Como em Breaking Bad, o que parecia se desenhar para uma carnificina no season finale acabou “pendurando” muitas questões para a temporada seguinte. Não é algo completamente sem sentido, uma vez que tanto Gus Fring no seriado de Vince Gilligan quanto o Governador são personagens bons demais para durar tão pouco, ainda com muita lenha para queimar. E visto que o final de Walking Dead ainda está bem longe, talvez não haja pressa para a tal batalha final. Por mais que isso nos frustre.

Mesmo assim, grandes momentos não faltaram, que fazem jus à tão elogiada HQ: a despedida de Andrea talvez seja o final de personagem, na série, que explicita o dilema e a realidade que Kirman tanto se preocupa em expressar: uma personagem que tentou conciliar dois grupos diferentes, tentou exigir alguma humanidade dos líderes dos dois grupos e que, segundo as próprias palavras, “não queria que ninguém morresse”. O que é algo difícil no mundo de Walking Dead, com seus grupos de sobreviventes tão presos a discursos radicais, proposições de guerra e a pouca preferência por diplomacia. Um resquício de civilização infelizmente difícil de atender em um mundo onde, como diz o Governador, as opções possíveis são “matar ou morrer” e “morrer e matar”.

O Governador, cujo destino acabou sendo adiado, teve seu momento para provar o quanto despreza a vida humana – apenas por ser contrariado, assim como uma criança mimada, o ditador de Woodbury fuzila grande parte da cidade pelas costas. A troco de nada. O déspota que aguardou o apocalipse zumbi para despertar a besta reprimida pela civilização finalmente tem seu ato de tirania supremo, executando seus próprios cidadãos que não quiseram servir de asassinos.

O título deixa bem nítido o espírito geral daquele momento: quando até uma jovem criança mata alguém a sangue-frio, os adultos não estarão muito melhor. Por mais que Woodbury e a prisão tenham se unido, todas aquelas pessoas estão em frangalhos, esperando pra morrer, cada vez mais
violentas, frias e radicais em suas medidas. A fotografia, entre a náusea e a apatia, dá o tom de uma série onde os personagens mais “humanos”, por assim dizer, caem por terra, enquanto os que vão ganhando terreno são aqueles progressivamente mais duros ou mais “doentios”, que a cada dia morrem um pouquinho, moralmente falando, para conseguirem continuar vivos.

Em uma série onde as pessoas são levadas até o seu limite, Welcome to the Tombs pode até não ser tudo o que as pessoas esperavam, mas prova também que Walking Dead não precisa só de grandes batalhas e clímaxes para afinal de contas apresentar sua grande narrativa de decadência moral. Podemos até não ter tido a grande batalha que esperávamos, mas armou-se terreno para muita coisa.

 

ANÁLISES DOS FÃS

Expandindo o conceito de múltiplas resenhas, com pontos de vistas diferentes, temos a seguir as análises selecionadas dos fãs de The Walking Dead, para enriquecer ainda mais o debate.

Quer participar dos próximos debates? Então fique de olho no TheWalkingDead.com.br pelo Facebook e Twitter para saber em primeira mão assim que for aberto a página de discussão e seleção de análises do próximo episódio de The Walking Dead.

 

Análise do sobrevivente Lucas Vianez de Paula

Em um mundo frio, sangrento e teoricamente perdido, não há espaço para a humanidade. Pelo menos a maioria dos fãs pensaram ou ainda pensam assim. O último episódio dessa temporada, deixou um fiozinho de esperança, trazendo o Rick “de volta”. Ele não agradou a maioria. E não foi o episódio que nos decepcionou, mas nós que esperávamos mais de algo que só o tempo dará resposta. Seria muita ingenuidade nossa pensar que tudo se resolveria em pouco mais de 40 minutos. Seria ingenuidade pensar que um vilão como Philip o “Governador”, um personagem inteligente, audaz, frio e esperto, morresse tão rápido e deixasse um vácuo na série. O episódio que começa, com um “suspense”, logo depois “ação”. Em seguida o “Momento Psicótico” do Governador. E pra finalizar o drama” da morte de Andrea, e a volta pra casa com o pouco pessoal que sobrou de Woodbury. Não se pode dizer que o episódio foi um lixo. Muitos não acharam justo a morte da Andrea, até pela forma que foi. Porém, ela decretou sua pena de morte quando soube definitivamente quem realmente era Philip. Teve chances de voltar à sua origem, onde era o seu lugar de direito, mas preferiu tentar fazer justiça, em um mundo que não há mais espaço pra isso. O Carl que o diga. Foi o mais impressionante do episódio. Foi frio. Foi violento tanto em ação quanto em palavras ditas. Não poupou a vida, nem foi misericordioso. O que será o foco destaque da próxima temporada. Uma cena que não se esperava ver: “Michonne” chorando. Quem diria? Mas não era pra menos. Era sua amiga, talvez a única que Michonne considerasse “família”. The Walking Dead não é só zumbi, não é só sangue jorrando, não é somente a morte. A verdadeira “guerra” não está em lutar uns com os outros, mas sim em lutar consigo mesmo, manter sua lucidez mesmo que o resto já estejam loucos. E finalizo com um diálogo que resume a lógica para sobreviver nesse mundo: “_ Ninguém mais pode ficar sozinho. (Andrea) _ Eu nunca pude. (Dary)”

 

Análise do sobrevivente Leandro Reis

The Walking Dead atrai pessoas por, dentre os motivos, ter cenas de violências ‘gore’ num mundo pós-apocalíptico por um lado e pelos espetaculares dilemas éticos em que o personagem são jogados a todo momento num mundo onde as referências da vida cotidiana se foram. A ‘Sesson Finale’ aposta decididamente no desfecho e relevo do segundo elemento atrativo da série. Assim o orgasmo cinematográfico de guerra e sangue na batalha pela prisão perde sua importância trocada por elementos mais sutis e estratégicos.
É um episódio que mostra uma recuperação de humanidade do grupo (principalmente de Rick) colocando-os novamente nos trilhos e abrindo terrenos para mais uma temporada. O diálogo de Rick com Michonne sobre a proposta feita pelo governador é genial no que se refere a suas tomadas de posição. Rick claramente depreciando suas próprias decisões enquanto Michone apontava que o que prevaleceu foi a preocupação com o bem de todos (parece até que tal guinada afastou/salvou Rick das suas alucinações).
Como muitos, senti falta da épica guerra pela prisão, mas no final de The Walking Dead ficou claro que a guerra mais complexa é a para manter a humanidade e a sanidade no mundo em que a morte é uma presença constante. Nesse sentido fiquei muito contente com o final. Combates e sangue podemos ver em qualquer filme de guerra, mas esses dilemas e conflitos só em The Walking Dead.

 

Análise do sobrevivente Arthur Tavares

O Season Finale de The Walking Dead não foi o esperado para muita gente, mas ele teve seus pontos negativos e positivos. Como pontos negativos, tivemos Andrea, um personagem com quem o público criou uma “amizade”, que teve uma morte desnecessária e mal feita – todos sabem que Andrea, depois de tudo o que ela passou com Michonne, conseguiria facilmente impedir que Milton a mordesse nas condições em que ela estava. Outros pontos negativos que podem ser citados é a falta de qualquer reação de Martinez quando o Governador mata quase todos do seu grupo e a ausência de um real confronto entre Rick e o Governador. Os pontos positivos do episódio foram a ação de Carl ao encontrar o garoto de Woodburry – quando Rick percebeu que não estava sendo um bom exemplo para o filho, o que despertou um toque de humanidade no líder -, a relação de confiança entre Rick e Michone e a demonstração de compaixão do Rick recebendo todos aqueles moradores de Woodburry na prisão. A nota que eu dou para esse episódio é 40/100. Os acontecimentos do final da temporada não foram satisfatórios por vários motivos, mas o principal foi não mostrar o que todos esperavam desde o começo da temporada, o confronto direto entre o Governador e Rick

 

Análise do sobrevivente Elton Rodrigues

Um final decepcionante. Particularmente eu não esperava pela morte de Andrea. Depois de tudo acho que ela merecia uma redenção diferente da morte. O caminho trilhado por ela, com todos os seus erros foi o mais humano, o mais próximo da realidade possível (por mais que todos e eu mesmo a odiasse em determinados momentos). Andrea era cada um de nós no meio daquele mundo caótico. Era o fator humano, que erra, tenta de novo, erra de novo, enfim. Não queria que ela morresse. Valeu pelo menos ver Michonne se emocionar (a única cena que prestou neste episódio).
A crescente frieza do Carl foi explorada agora no final? No ultimo episódio, desnecessária a cena dele executando o adolescente. Era algo pra se ter trabalhado muito antes, não no final da temporada… Ficou um arco sem função nesta temporada…
O governador “despirocou” de vez (de novo) agora na frente de todo mundo. Ninguém quem mais brinca de polícia e ladrão, então ele matou todo mundo, pegou os brinquedos de volta e foi pra sabe-se lá onde… Porque não deram um fim logo nele nessa temporada? Uma mordida do Merle seria algo digno. Todo mundo ficava feliz! O governador já deu o que tinha que dar.
A próxima temporada vai começar certamente com a terceira idade toda virando zumbi de uma hora pra outra! Espera só.

 

Análise do sobrevivente Renan Moço Sena

Um dos questionamentos mais fodas de The Walking Dead é a que ponto você consegue aguentar as situações extremas sem perder sua sanidade. E mais importante ainda, sua humanidade. Parafraseando o Dale – Até que ponto você consegue ficar sem se sujar na merda que subiu a esse mundo?
Ao assistir o episódio “Clear” (aquele que o Rick reencontra o Morgan), eu tinha perdido as esperanças, já achando que o apocalipse tinha minado qualquer resquício de humanidade e compaixão do Rick, ao ver no prólogo ele ignorar o pedido de ajuda de um viajante solitário e ao final do episódio não esboçar nenhuma reação ao ver o trágico destino do coitado que ele havia ignorado mais cedo.
Nessa Season Finale, depois de muitas merdas acontecerem, ver que é possível ficar limpo, mesmo com toda a merda que subiu a esse mundo, foi uma das melhores coisas da série até aqui. Admito que para um final de temporada o episódio chegou até a ser um pouco anticlimático, mas no geral foi importante para a jornada do Rick.

 

Análise da sobrevivente Katia Rejane Lima

Muita gente decepcionada porque não teve a agitação elevada digna de um season finale. Quanto a isso podemos pensar: será que as situações somente se resolvem quando há muitos tiros, confrontos violentos e mortes? Será que mesmo em um mundo apocalíptico não haveria espaço para estratégias mais elaboradas e sofisticadas? Foi exatamente assim, em um misto de calma, recuo e esperar o momento certo para atacar (sem matar, inclusive) que o grupo do Rick venceu o embate com o Governador. Será que não faltou ao Governador justamente o que faz do Rick um líder diferente? O cuidado com os outros! O Governador pouco se importava (ou se importa) com as pessoas que conviviam com ele. Só aprecia quem o obedece, não importando a insanidade do ato. Rick, apesar de ter tido breves “surtos”, soube sempre escolher entre o justo, o correto, o que deixa o grupo mais tranquilo, pois têm certeza que não estão nas mãos de um sanguinário enlouquecido. Saber lidar com calma e sabedoria diante situações de grande impacto emocional faz diferença na tomada de decisões e nos resultados obtidos. Pensem nisso!

Análise do sobrevivente Samyr Martins

Muita gente fica se perguntando “cadê a guerra”? “e o banho de sangue?” Eu achei que foi um episódio ao mesmo tempo muito forte e muito fraco. Forte pela cena da Andrea. Por mais odiada que ela estava sendo essa temporada pelos fãs e por mais dúbio que o personagem foi conduzido, ela sempre foi muito importante para a trama, tanto para o Gibi quanto para a série! Agora, um personagem que pra mim foi um dos melhores nesse episódio foi a Michonne. A cena dela agradecendo ao Rick por ter escolhido não entregá-la e no final ela chorando muito ao lado da Andrea foram extremamente fortes e emocionantes. Ninguém imaginaria que uma mulher decidida, agressiva e bastante fechada pudesse se mostrar tão emotiva.
Apesar disso tudo, fraco devido a participação do governador. Quem já leu o gibi sabe o quanto ele é LOUCO e PSICOPATA, mas nesse episódio a única coisa que eu vi foi uma frustração apertando o gatilho de uma arma. E agora que ele está sem aliados, o que fazer? Como isso vai se desenrolar? Cadê o confronto final entre O Governador e Michonne e todas aquelas cenas de tortura? E entre ele e Rick? Será que vai haver mesmo uma guerra entre o que restou de Woodbury e a prisão?
Só acho que isso ainda tem muito á ser desenvolvido e ainda tem muita história pra essa 4ª temporada! Enquanto isso a ansiedade só aumenta!

 

Análise do sobrevivente Guilherme Eddino

O episódio em si não foi ruim, mas anticlimático e até certo ponto enganoso, já que a série passou vários episódios batendo na mesma tecla: “a guerra está chegando”. No finale, quando todos esperavam um quebra-pau homérico, entrou em cena a furtividade do grupo do Rick, o acesso de loucura inesperado do Governador, e o pior, a morte da Andrea, que depois de tudo que passou, acabou terminando na estaca zero, morrendo em vão, sem ter coragem de matar o Governador e sem conseguir alertar o Rick do que estava pra acontecer. Até mesmo o Merle conseguiu se redimir antes da morte. Ela não. Junto com a Sophia, foi a morte que mais me deixou um gosto amargo na boca.
Diferentemente do Season Finale da segunda temporada, que realmente fechou um arco e deixou claro que as coisas iam mudar, esse episódio deixou um vácuo sem explicação e sem cliffhanger. Depois dessa, certamente muita gente decepcionada vai abandonar a série e o ibope não vai mais ser tão astronômico quanto estava sendo até agora. Resta saber se o novo showrunner, que já provou ser um ótimo roteirista, vai conseguir salvar The Walking Dead.

 

Análise do sobrevivente L@zarus_Rising

Conclusão inacreditavelmente fraca e insatisfatória. É inegável que a 3ª Temporada teve alguns episódios ruins, mas o “Season Fatality” bateu o recorde. Aqui, ficou bem clara qual será a estratégia para gerar muitas temporadas: Enrolação e falta de coragem para fazer aquilo que deve ser feito. Todos nós sabemos que TWD tem muito conteúdo para ser explorado. Mas, se é verdade que Robert Kirkman cuida da série com mãos de ferro, então não há dúvidas de que ele seja o único que não confia nisso.
Num momento em que havia necessidade justificada de mortes entre os personagens principais para o bem do enredo, todos são poupados. Andrea nem entra nesta contagem, porque foi uma personagem que atravessou 3 temporadas inteiras sendo marginalizada com contribuições irrelevantes.
Aqui o Governador não foi um psicopata, mas apenas um idiota. Cair naquela armadilha clássica, de ser emboscado exatamente aonde era óbvio, foi muito patético. Aliás, para começar, que tipo de imbecil se enfia em um lugar estreito e mal iluminado, tendo atrás de si pessoas fortemente armadas, porém, desprovidas de treinamento adequado? Nem parece o brilhante pai do serviço de zombie delivery.
Acerca do massacre contra os insubordinados, pergunto: Foi para cumprir a cota de mortes prometida?
Sobre Rick Grimes, anda tão cansativa essa indecisão entre bonzinho e malvado. Num momento, ele abandona um necessitado para morrer e concorda em sacrificar uma aliada. Em outro, adota todos os enfermos, idosos e crianças de Woodbury. Não é a toa que Lori abandona de vez o poleiro, retornando definitivamente para o Inferno. Quem suporta uma indecisão dessas?
Enfim, se o objetivo da 3ª Temporada era chegar a lugar nenhum, então foi um sucesso. A fuga miserável do Governador só serviu para travar ainda mais o fluxo da história, impedindo desnecessariamente TWD de avançar para caminhos novos e independentes do original. Quanto medo de derrubar o pote de ouro!

VER COMENTÁRIOS

Veja mais