Dragon Ball | por que Dr. Gero tinha tanto medo de ativar o Androide 16?

Geekdama no Google News

Durante a Saga dos Androides em Dragon Ball Z, o Dr. Gero surge como um dos vilões centrais do primeiro arco, movido por uma obsessão em destruir Goku.

No entanto, mesmo sendo o criador de máquinas incrivelmente poderosas e impiedosas, há um momento específico em que ele demonstra hesitação: a ativação do Androide 16.

No anime, Gero insiste que os Androides 17 e 18 não devem acordar o 16, alegando que sua programação está incompleta e que ele poderia destruir o mundo. Mas considerando que ele próprio criou todos os androides e conhece seus limites e fraquezas, esse receio levanta suspeitas — e, como apontado por fãs, o verdadeiro motivo é mais pessoal do que técnico.

Androide 16 era uma réplica do filho de Gero

dragon ball super super hero imagem vazada doutor gero vomi gevo androide 16 androide 21
O passado de Gero foi sutilmente mencionado no filme Dragon Ball Super: Super Hero.

De acordo com informações oficiais, o Androide 16 foi modelado à imagem de Gebo, o filho falecido de Dr. Gero. Gebo foi um soldado da Red Ribbon conhecido pelo codinome “Gold”, que morreu em combate.

Devastado pela perda, Gero reconstruiu seu filho como um androide, programado para matar Goku em nome da vingança — mas que acabou saindo com uma personalidade completamente diferente dos outros androides: gentil, calmo e protetor da natureza e da vida.

Ao contrário dos Androides 17 e 18, que demonstram prazer em causar caos, o Androide 16 é um gigante pacífico, cuja única exceção é sua programação para destruir Goku. Para Gero, esse comportamento pacífico foi considerado um fracasso, motivo pelo qual decidiu nunca ativá-lo. Mas há mais: por ser a cópia de seu filho, Gero provavelmente não suportava a ideia de perdê-lo novamente.

Medo de perder, não de destruir

dragon ball z androide 16 postcover

Embora tenha alegado que Android 16 era perigoso, tudo indica que o Dr. Gero temia mais a perda pessoal do que um risco real à humanidade. Ele sabia que, ao ativar o 16, estaria colocando em risco a “segunda vida” de seu filho. A relutância de Gero seria, portanto, um reflexo de sentimentos humanos profundos — algo irônico, vindo de alguém que se via como superior à humanidade por sua transformação em ciborgue.

Mesmo com seu imenso poder e postura pacífica, Androide 16 seria destruído mais tarde por Cell durante os Jogos de Cell, o que acabaria desencadeando a fúria de Gohan e um dos momentos mais emblemáticos da série. O destino do 16 acabou sendo o mesmo que Gero tanto temia.

No fim, a tragédia do Android 16 é uma das mais sutis, porém mais tocantes de Dragon Ball Z: a tentativa falha de um cientista obcecado em recriar o filho que perdeu, apenas para perdê-lo mais uma vez em meio ao caos que ele próprio causou.

VER COMENTÁRIOS

Veja mais

Confira mais matérias sobre