Com a aproximação do lançamento de Donkey Kong Bananza, a Nintendo começou a revelar detalhes curiosos sobre os bastidores do novo jogo. Em entrevista à Rolling Stone, o produtor Kenta Motokura e o diretor Kazuya Takahashi explicaram a decisão de trazer Pauline como parceira de Donkey Kong — algo inédito na franquia.
Segundo os desenvolvedores, a personagem não foi a primeira opção durante as fases iniciais do projeto. A ideia surgiu a partir de uma cena específica envolvendo Donkey Kong e… uma transformação em zebra.
A música abriu espaço para Pauline
Motokura relembrou que um momento-chave do desenvolvimento foi quando um artista conceitual criou uma ilustração de Donkey Kong transformando-se em uma zebra. O conceito evoluiu tanto que a equipe musical chegou a compor uma trilha específica para essa transformação. Foi nesse ponto que surgiu a proposta de incluir Pauline de forma mais ativa.
“Acho que o momento decisivo foi quando um de nossos artistas criou essa imagem do Donkey Kong se transformando em zebra. Aí pensamos: ‘Seria interessante ter a Pauline, como personagem, cantando nesse trecho’. E assim voltamos ao compositor com esse pedido”, contou Motokura. A partir disso, diversas outras ideias começaram a se encaixar naturalmente.
Pauline, que já é conhecida por suas performances musicais em jogos como Super Mario Odyssey, acabou se tornando a figura ideal para conectar narrativa e trilha sonora em Donkey Kong Bananza.
Comunicação com o jogador também pesou
Outro fator que influenciou a escolha foi a capacidade de Pauline se comunicar verbalmente com o jogador. Como a maioria dos personagens do jogo — como os habitantes da Vila Fractone ou os membros da Void Company — não são humanos e não falam, Pauline se destaca como a única personagem humana com fala compreensível.
“Um dos maiores méritos de incluir Pauline é que ela fala de um jeito que os jogadores conseguem entender e com o qual conseguem se conectar emocionalmente”, explicou Takahashi.