Outra ótima resenha de Renan Bolonha do site Filmes e Games. Renan expõe  suas opiniões sobre Sick, segundo episódio da terceira temporada de The Walking Dead.

Para quem curte cultura pop em geral, vale a pena conferir as colunas do site, bem como as resenhas que Renan fez sobre os episódios anteriores da série.

VIU, COMO SE FAZ?

Parece que foi ontem. Rick Grimes se levantando, depois de muito tempo em coma, no hospital. Alguns passos dados e o desespero. Afinal, não é todo dia que você acorda e descobre que o mundo acabou.

De lá até aqui, um tanto mudou. O policial agora é o líder desse grupo de sobreviventes. E em meio a uma transformação, desde o final da temporada passada, o vemos disposto a qualquer coisa para manter o grupo a salvo.

Não sei se você já passou por um apocalipse zumbi ou algo parecido. Mas nota-se que uma das tendências que essa mudança traz, é uma transformação, um desprendimento de valores. A maior parte de nós, que tem uma religião como formadora de de nosso caráter. Durante nosso aprendizado, somos instruídos a nos importar e a respeitar o próximo, para conviver em sociedade. Com essa ilustração, refletimos em algo que Lori diz, durante um bate papo com Grimes: Ela não acha que seu marido seja mau.

Oppa Grimes Style

Falo disso tudo para tratar desse segundo episódio, “Sick”, que segue o enredo de tensão dos grandes episódios de The Walking Dead. Tudo se passa ao redor de Rick, afinal, quem mais estaria “doente”? Me desculpe, mas não se trata de Hershel, certo?

Durante uma corrida pelas construções da prisão, o pai de Maggie é ferido por um dos mortos vivos e sem pestanejar, Rick decepa-lhe a perna. Após a cena, imediatamente alguns prisioneiros são revelados. E esse segundo episódio, volta exatamente nessa cena.

O legal de descobrirmos esses sobreviventes trancados, é que finalmente temos uma noção de quanto tempo se passou do começo da série até o presente momento: míseros 10 meses.

Shit happens

Se há algum cara louco o suficiente para rivalizar com Grimes, esse alguém é o líder do pequeno grupo, preso no restaurante da prisão. A rixa entre o grupo e Rick dura tempo suficiente para render momentos fantásticos, em qual conseguimos enxergar claramente em que Rick se transformou.

O que acontece entre o policial e os prisioneiros, o faz tremer um pouco e quase voltar a si. E que constatamos, lá pro fim do episódio, é que ele afastou sua família de si para ser o cara de quem o grupo necessita. A ditadura, parece, ao fim das contas, um benefício a todos.

O momento de embate entre os presidiários e “nosso grupo”, é a melhor passagem do episódio. Mas há uma grande passagem no episódio, que me rendeu o maior susto da série até aqui, quando Lori ajuda a Hershel. Juro que pulei da cadeira e quase matei meu gatinho, que estava dormindo no meu colo. Torci para que tivesse dado alguma merda e a louca fosse pra vala.

Churrasco de Walkers

Sick foi mais um grande episódio, que não deixou a peteca cair. Algo que tenho visto na série e gostado bastante, é como os dramas tem sido bem encaixados no episódio.

Certa vez alguém comentou aqui, que a série não se tratava de zumbis, mas de relacionamentos entre sobreviventes e de como eles eram levados ao limite por conta do apocalipse. Concordo. Se ficássemos só nos zumbis, a série não conseguiria se sustentar.

Ainda bem que o drama, agora, tem tido melhor desenvolvimento. Na temporada anterior, tive várias cáries por conta do açúcar melodramático oferecido em boa parte dos episódios. Mas nessa temporada, até aqui, temos tudo bem equilibrado. Tirando certos momentos irritantes (Carol, você está na minha death note) e clichês, a coisa está soando bem.

Ainda há muito trabalho pela frente e muita carne de zumbi para ser abatida dentro da prisão. Vale lembrar que ainda temos um outro arco de história para ser contado, que envolverá Michonne e ao Governador. Então, por hora, não temos sobre o que reclamar.

Obrigado por nos acompanhar. Sinta-se livre para dar uma flechada no cérebro desse escritor, via comentários. 

Fonte: Filmes & Games