É, era isso mesmo. Virginia foi defenestrada para que outro clubinho do mal batesse à porta, dessa vez com uma missão muito além em mente: um reboot na humanidade.
Antes que venham julgar dizendo que o pseudo crítico aqui está assistindo com a bunda, quero deixar claro que esse episódio foi bom, e nada além disso. O real problema está na série mesmo.
Há uma fila indiana de vilões de desenho animado vindo desde a 4ª temporada, todos com motivações rasas e com total zero de ameaça, o que me leva crer que esses novos provavelmente vão cair no mesmíssimo fim de “eu sou incompreendido por todos”.
Por mais que eu tenha gostado da ideia de comunidade autossuficiente — que por alguma razão me lembrou Snowpiercer — e a abordagem cultista que doutrina seus habitantes 24 horas por dia, com um alto-falante de fundo, a coisa não deixa de ser mais do mesmo. E isso cansa.
Quando há personagens com potencial vilanesco, o roteiro Morganiza todos eles. (vide Daniel Salazar). Se Morgan quer matar, todos matam também. Se Morgan fica paz-e-amor, todos ficam. Se Morgan encontra equilíbrio, todos encontram. Salva-se somente Strand que parece ser o único com um ponto de vista diferente nessa série (e olhe lá).
E não. Não venha me dizer que Alicia é exceção da regra porque matou um figurante nesse episódio. Ela está tão perdida quanto os demais: ora é violenta, ora é pacifista, ora as duas coisas.
E sua relutância de confiar em Derek chega até ser uma contradição, já que ela usa Dakota como exemplo, a mesma menina que continua lá na MorganIsland, saltitando feito bailarina, sem que ninguém conteste.
Por falar em Derek, assim que o sujeito deixa o elevador já fica claro que será o típico personagem isopor de festa de aniversário que logo, logo irá para o lixo. Espero que sua morte tenha alguma mudança em Wes e que não o deixem esquecido no churrasco, caso contrário acabará como uma trama avulsa, assim como foi com Ner Tamid (episódio do rabino e da Charlie).
Dissecando agora, há vários outros problemas que diminuem The Holding cada vez mais, como o mistério desnecessário sobre a identidade de Teddy, incarnado por um John Glover que mais se parece com o Alan Moore depois da gripe, também o fato do quarteto fantástico poder vagar com uma liberdade que só faltou o grupo suplicar “por favor, descubra nossas intenções” e o fato de Alicia ser pega magicamente — em uma cena análoga à morte de sua mãe simplesmente porque sim — e, mais ainda, trancada em uma sala com armas brancas.
É… foi genérico.
Nota: 3/5