Nintendo aciona a Justiça para identificar autor de megavazamento de Pokémon no Discord

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A Nintendo entrou com um pedido judicial nos Estados Unidos para tentar identificar o responsável por um dos maiores vazamentos de dados da história recente da franquia Pokémon. O processo, protocolado na Califórnia, solicita que o Discord revele a identidade do usuário conhecido como “GameFreakOUT”, apontado como o autor do vazamento que ficou conhecido na comunidade como Teraleak.

O caso envolve a divulgação não autorizada de cerca de 1 terabyte de dados confidenciais extraídos dos servidores internos da Game Freak — desenvolvedora responsável pelos jogos da série principal de Pokémon. O material vazado incluía não só informações sobre projetos futuros, como o recentemente anunciado Pokémon Legends: Z-A, mas também artes conceituais de jogos antigos, designs descartados e até dados pessoais de funcionários da empresa.

Vazamento expôs projetos sigilosos e dados internos

O vazamento veio à tona em outubro de 2024, com postagens feitas em um servidor do Discord chamado FreakLeak. De acordo com os documentos obtidos pelo site Polygon, a Nintendo anexou capturas de tela do canal como prova. Nelas, é possível ver GameFreakOUT compartilhando arquivos com os demais membros, acompanhado da mensagem: “Aproveitem.”

Embora a Nintendo tenha emitido notificações de remoção por violação de copyright com base na DMCA (Digital Millennium Copyright Act), grande parte do conteúdo continua circulando livremente na internet. A empresa ainda não confirmou se pretende processar formalmente o responsável, mas sua ação indica que busca responsabilização judicial.

O pedido judicial solicita que o Discord forneça o nome real, endereço, telefone e e-mail do usuário responsável pelo vazamento.

Vale lembrar que a Nintendo detém cerca de 33% da franquia Pokémon, sendo o restante dividido entre a Game Freak e a The Pokémon Company. Isso explica seu envolvimento direto na investigação e na ação judicial, mesmo não sendo a desenvolvedora principal dos jogos.

O caso traz à tona outro episódio emblemático envolvendo a Nintendo: o de Gary Bowser, um hacker que criou ferramentas para destravar o Nintendo Switch. Após ser condenado por fraude, Bowser foi preso e hoje precisa repassar 25% de sua renda mensal à empresa até quitar uma indenização de US$ 10 milhões.

A decisão do tribunal sobre o pedido de intimação ainda não foi divulgada. Se aprovado, o caso pode avançar rapidamente para ações judiciais mais severas, o que pode gerar precedentes importantes para o combate a vazamentos digitais no setor de games.

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