Resenha Filmes & Games: WHO LET THE ZOMBIS OUT?

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Renan Bolonha, colunista do site Filmes e Games, deixa sua opinião sobre o último episódio de The Walking Dead.

Definição de entretenimento:
“Entretenimento é o conjunto de atividades que o ser humano pratica sem outra utilidade senão o prazer. É o desvio do espírito para coisas diferentes das que preocupam. Pode ser uma distração, um passatempo ou um desporto.” 

O sentido dessa palavra poderá ser mudado, com The (Fucking) Walking Dead sendo uma de suas definições. Não sei nem o que falar hoje, não tenho tanto para dizer sobre “Killer Within”. Tudo aquilo que os produtores economizaram em ação na temporada anterior, resolveram gastar nesse episódio e jogar tudo no ventilador.

Tirando os minutos em quais Andrew sabota a prisão, no começo da coisa toda, imaginei que teríamos um episódio bem mais tranquilo. Graças a Jeová não fui infectado com spoilers (tenho que agradecer ao meu trabalho, que me fez ficar off do Facebook por alguns dias). Enfim, tava preparado para algo com menos piração. Ledo engano. Tivemos um dos melhores episódios da série toda.

Lembrando que Rick semeou muito do que ele colheu, durante esses pouco mais de 40 minutos de duração. Não o julgo pelo fato de ter trancado Andrew junto aos zumbis. O cara está apenas tentando manter o grupo vivo. Porém o que desencadeia os eventos é justamente sua atitude.

Analisemos os primeiros fatos. Rick negando asilo para Axel e Oscar é até óbvio. Eles não estão procurando refúgio, estão presos. É claro que o policial nega o pedido a ambos. São outros dias, outros tempos. Não dá pra confiar em ninguém, porém lá na frente, o cara garante seu lugarzinho no coração de Grimes.

In Michonne we Trust

“Meu instinto nos manteve vivas até agora”. A mulher tem toda razão. Seu instinto também a leva questionar o Governador a respeito do exército. É bem óbvio, mas ela já farejou algo desde os primeiros minutos que chegou em Woodbury.

Temos uma nova tapada na série. Andrea, que já forneceu para Shane, agora flerta com Merle e quer liberar também para o Governador. QUALÉ? Suas atitudes já estão me enchendo demais e hoje ela é a primeira da minha lista de “Zombies must Eat”.

Corra que os walkers vem aí

Então chega o minuto 15 e tudo se transforma. Mas quando tudo parece lindo e Hershel sai para tomar um ar e a coisa descamba. Comentar aqui, tudo o que você já assistiu seria falar o óbvio.

Vou tentar focar alguns pontos: do nada surgiram aqueles zumbis, enquanto o grupo estava bem fragmentado e vulnerável. E então é um corre que os walkers vem aí. Lembra da micareta de zumbis lá na fazenda? Nesse episódio temos momentos tão maravi-lindos como aquele. A enxurrada de mortos-vivos varre a prisão. E o T-Dog vira T-bone, em um descuido (QUALÉ 2) enquanto tranca um dos portões. Vale um apelo? Ele tinha melhorado muito, estava mais participativo. Na minha opinião não era mais o gordinho atrapalhado, mas um cara mais forte e esperto, que estava fazendo a diferença na série. Depois de ser mordido, ele ainda salva Carol, em uma cena fantástica de ação. T-Dog, já torci para você morrer, mas foi triste vê-lo partir.

Falando em morrer

Já dentro dos corredores escuros (com a energia semi ligada), temos ótimos momentos de horror na prisão, com as luzes piscando, o que causa grande tensão.

Rick descobrir que Andrew era o sabotador pra mim foi até óbvio, mas o combate entre os dois foi bem bacaninha, suado e surpreendente, com Oscar garantindo que o cara morra de vez e ganhnando um cantinho no coração de todos.

A ação desenfreada e a tensão causada pelos walkers faz com que a nossa “queridíssima” Lori Grimes começa a parir. Nunca fiquei grávido, mas pelos relatos de minha mãe, há um tempinho entre as contrações e o bebê nascer. Mas só eu achei que foi tudo muito rápido? Tudo bem que ela passou por uma situação de nervosismo, mas de repente ela tá parindo?

Maggi, que até então nunca tinha feito qualquer treinamento, se vê obrigada a realizar a operação. O problema é que, ao lado de Lori, está Carl. Que cena forte e de emoção. Acho que pode (e deve) ser comparada àquele momento memorável em que Andrea abraça sua irmã, morta por walkers, na primeira temporada. Depois a loura ainda precisa atirar nela, quando retorna. A cena é marcada por choros e lágrimas. Tudo o que eu sempre quis foi que Lori virasse barrinha para zumbis, mas quando isso aconteceu, eu estava com um nó na garganta, totalmente tomado pela emoção.

Após o nascimento do bebê, a namorada de Glenn força a barra. Deixar Carl atirar em sua própria mãe? QUALÉ (3). Há então, um pequeno flashback (cara, adoro flashbacks) quando o pequeno conversa com seu pai, lá na fazenda, sobre ser um homem. E então ouvimos o tiro. OUVIMOS. Alguém voltou lá para constatar que a Lori morreu? Não ainda.

Quando Carl e Maggi saem da prisão, Rick ouve o choro do bebê. Que cena foda. Que interpretação FORMIDÁVEL de Andrew Lincoln. Só de recordar de sua emoção, já fico novamente embasbacado. Toda a dureza do policial cai, mostrando que ele ainda continua a ser uma pessoa comum, cheia de sentimentos.

Time to move on

Eu disse que não tinha muitas palavras. Não menti, mas quando comecei a crítica, estava totalmente embasbacado pelos fatos.

Esse quarto episódio foi realmente um dos melhores de The Walking Dead. Desde o início da temporada que não temos um momento de descanso na prisão. O que me leva refletir. Terceira vez que assistimos ao pessoal na prisão e a coisa não para de desandar. Será que a prisão foi construída em cima de um cemitério indígena? icon wink The Walking Dead   Quarto episódio da terceira temporada

Imagens: AMC
Fonte: Filmes & Games

 

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