Esse texto contém SPOILERS de The Walking Dead: The Game 2ª Temporada
Vou descrever o que achei relevante sobre o terceiro episódio da 2ª temporada de The Walking Dead: The Game. Não farei uma análise, até porque analisar um episódio de pouco mais de uma hora é complicado.
O andamento do jogo é determinado por suas decisões no gameplay, sendo assim, cada um pode vivenciar acontecimentos diferentes dos quais estão relatados abaixo.
No começo do episódio, Clem se pega admirando uma borboleta em uma árvore, enquanto Sarah faz suas necessidades atrás dos arbustos, Clem a estava acompanhando para que sua amiga não ficasse sozinha. O jogo nos dá algumas opções nesse momento, eu escolhi dizer que estava ali por sermos amigas. Ao voltarem para perto do caminhão que os levaria a base de Carver, um de seu aliados, Troy pergunta se está tudo bem, com um olhar desconfiado. Carver inicia um diálogo pelo rádio e após terminá-lo, percebe que Clem estava escutando e fala para ela que é feio ouvir a conversa dos outros, com um tom nada amigável, é claro. Algumas opções aparecem, eu optei por não dizer nada e apenas ficar o encarando. Não foi uma boa ideia porque ele dá um tapa fortíssimo em Clem e a faz cair no chão. Uma das aliadas de Carver, a mesma mulher que no episódio dois estava olhando pela janela da estação de esqui e que alegou que seu marido e filha estavam com fome, a ajuda a se levantar. Logo todos são colocados na traseira do caminhão e iniciam deslocamento para um local até então desconhecido por nós.
Dentro do caminhão, eles estão apreensivos e Kenny sugere que tentemos encontrar algo afiado para cortar as cordas. O grupo diz para Kenny se acalmar porque não há o que fazer, Rebecca fala que eles não conhecem Bill como ela, logo Kenny questiona: “Antes era Carver, agora é Bill?!”. Todos dizem que Carver é ainda pior do que ele já se mostrou. Questionei porque Rebecca não disse nada sobre Carver ser um psicopata em meio a discussão geral que se instituiu no caminhão. Kenny vê um pedaço da lataria do caminhão solta e tenta cortar as cordas, eu concordei com Kenny, optei por de alguma forma fazer algo para tentar escapar, afinal, Carver matou outras pessoas a sangue frio momentos atrás. Carlos e Rebecca mencionam que Luke, que não foi capturado, poderia salvá-los. Kenny insiste no plano de que quando abrissem a porta do caminhão ele tomaria a arma de algum dos capangas de Carver e atiraria em todos. Kenny pede apoio e ajuda de Clem, nesse momento podemos optar em incentivar Kenny ou não.
Kenny pergunta para Clem se ela confia nele, óbvio que a situação é desfavorável, mas estar nas mãos de um assassino psicopata não é necessariamente uma vantagem, então decidi apoiar Kenny mesmo isso não parecendo uma boa ideia. Quando eu pensei que veria sangue e que meu amigo provavelmente morreria, o caminhão dá um solavanco e Kenny bate a cabeça e desmaia. É uma cena engraçada porque ele estava alterado com um discurso do tipo “Eu vou tomar a arma deles e mata-los!” e subitamente ele desmaia. Ao chegar ao destino final, enquanto todos se dirigem a um local ainda desconhecido, Carver fala no microfone para os outros habitantes da comunidade palavras como “Eles nos deixaram mas estão de volta, não devemos perdoa-los por nos traírem mas também não devemos guardar rancor, eles ainda podem ser uteis aqui…” e coisas assim.
Carlos é solicitado em outro lugar e Sarah fica apreensiva quanto a ida do pai. Optei por dizer que ele voltaria logo e que ficaria tudo bem. O grupo chega ao local onde irão descansar naquela noite, Nick agradece Bonnie, a mulher do episódio dois, pelas acomodações. Rebecca vê um antigo conhecido, Reggie, e o abraça. Troy diz que todos terão trabalho duro na sequência de sua estadia naquela comunidade. Reggie não tem um braço e diz que aquilo aconteceu depois que eles foram embora, Nick também conversa com ele. Sarah diz que Reggie os ajudou no passado, mas não sabe se confia nele apesar de dizer que ele é um cara legal. Reggie se apresenta para quem não conhece, optei por ser simpática e cumprimentá-lo. Ele questiona sobre os outros e menciona Pete, todos ficam quietos e desconfortáveis. Uma voz reclamando da conversa surge, era um homem deitado que estava tentando dormir. Reggie diz que seu nome é Mike e foi ele que salvou sua vida, aparentemente um walker o mordeu e por isso ele perdeu o braço.
Em meio a conversa, Clem nota uma mulher olhando para eles e pergunta quem é. Reggie diz que é uma pessoa estranha que foi achada por ai. Também comenta que aquele local é um bom lugar para se viver apesar de tudo, a comunidade estava ficando cada vez mais segura e mais sustentável. Nesse momento optei por dizer que Carver matou meu amigo Walter e Rebecca menciona que ele matou Alvin também. Reggie parece surpreso mas diz que talvez Carver tenha tido seus motivos. Desde o trailer desse terceiro episódio essa comunidade me lembrou muito Woodbury. Nesse episódio eu estou meio atrevido e corajoso, ou burro, mas enfim… Reggie diz para não causarmos problemas e ficarmos tranquilos ao menos até ele se inserir totalmente no grupo novamente (o lugar onde o grupo de Clem, Reggie e os outros estavam parece uma espécie de local onde ficava quem ainda não tinha total confiança de Carver), eu disse “No way” e Kenny concordou comigo. Reggie fala que ao menos todos deveriam relaxar e ter uma boa noite de sono e que conversariam novamente no outro dia.
Reggie também diz que Bill estava dando a ele uma segunda chance e daria a todos uma segunda chance. Rebecca diz que depois que Carver assassinou Alvin ela não quer redenção, quer ver ele morto. Kenny diz que ele e Clem devem procurar algo que possa ser útil em uma possível fuga. Enquanto Clem vasculha o local, ela fala com Nick e ele comenta sobre Luke, diz que o conhece há 20 anos e que ele não os deixaria na mão, que logo apareceria para ajudar. Clem vasculha o local e mexe em algumas coisas, Troy aparece e culpa Reggie pela movimentação da garota. Todos vão dormir e Kenny pede a Clem se ela realmente quer fazer algo em relação a ir embora, respondi que sim. Troy acorda Clem dando um pequeno chute nela, eu disse para ele não me chutar, que isso era rude. Com todos acordados e reunidos, Bill queria dar uma palavrinha com os recém chegados.
Carver fala sobre uma atividade de walkers perto das cercas e fala também sobre redenção, trabalho duro e coisas assim. Enquanto Carver falava Sarah tentava conversar com Clem, eu disse para ela prestar atenção. Ela insistiu na conversa e Carver se irritou dizendo que não aceitaria esse tipo de comportamento e que Carlos deveria dar uma lição nela naquele instante. Carver diz que Carlos deveria dar um tapa no rosto de sua filha e se não o fizesse, Troy o faria. Decidi assumir a culpa pelo ocorrido, apesar da culpa ser da Sarah. Mesmo eu tentando assumir a culpa não adiantou, Carlos foi obrigado a dar um tapa no rosto da Sarah, que permaneceu no chão, chorando. Clem é realocada para ajudar no setor de armamentos. No caminho, encontram duas crianças mais ou menos da mesma idade de Clem, uma se chama Becca e elas não pareciam muito amigáveis. Clem chega e encontra Bonnie, que pede a ela ajuda para colocar balas nos pentes das armas.
Ela diz que não esperava de ninguém aquele tipo de atitude, aquela bondade que ocorrera na estação de esqui, se referindo aos mantimentos dados a ela. Bonnie diz que a intenção não era de matar ninguém lá e que se sentia culpada. Eu optei por dizer que a culpa daquilo era de muita gente. Ela pergunta como foi a primeira noite de sono na comunidade, eu retruquei dizendo que era uma prisão. Bonnie diz que quando os outros fugiram ela também pensou em ir, mas que no final acabou amarelando. Uma conversa sobre como a situação toda fez Carver fazer o que fez vem à tona, porém sem nenhum tom de quem está certo ou errado. Bonnie parece uma boa pessoa apenas tentando sobreviver. Ela dá um cassaco para Clem, uma espécie de cassaco de esqui. Tavia, uma das aliadas de Carver solicita Clem e ambas saem da sala de armamentos.
Clem chega a uma espécie de estufa com plantas e é solicitado que aguarde ali. Sarah também estava no local, sentada no chão, ainda chorando. Ela diz que seu pai nunca tinha batido nela antes, eu rebati dizendo que aquilo só aconteceu porque Carlos não tinha outra opção. Reggie aparece e pede para as meninas podarem e colherem os frutos de alguns pequenos vasos. Ele fala que por ter ajudado Carlos e os outros a fugirem ele estava pisando em ovos com Carver. Podemos optar por fazer o nosso trabalho ou ajudar Sarah, que estava estática em frente aos vasos, eu resolvi ajuda-la. Por eu ajudar Sarah com suas plantas, as minhas não foram podadas, então Carver chega e começa a cobrar Reggie porque o trabalho não havia sido feito.
Eu assumi a culpa mas Carver disse que aquilo era culpa do Reggie, então ele pede que nós fossemos para fora enquanto eles conversavam. Enquanto Clem estava perguntando se estava tudo bem com Sarah, Carver sai da estufa empurrando Reggie e o atira do telhado. Carver diz que incompetência e não obediência levaram a isso. Clem conta a Bonnie o que aconteceu e ela parece não acreditar. Ela pede para Clem levar um balde até determinado local enquanto ela checa o que aconteceu. Ao chegar lá, encontra Kenny e Mike discutindo, ela interrompe a briga dizendo que Reggie tinha morrido. Kenny larga Mike então alguns walkers quebram os vidros do local e entram, surpreendendo-os. Clem acaba tendo que lutar contra alguns walkers mas acaba correndo e entrando em outra sala. Lá se vê encurralada e quando um walker cai em cima dela, Troy a salva. Quando Clem estava voltando é interceptada por alguém que a agarra por trás e tampa sua boca. Era Luke, que estava escondido ali e disse que estava tentando falar com alguém do grupo. Ele fala diversas coisas e pede para Clem encontra-lo ali no mesmo lugar no dia seguinte, na mesma hora e pede que ela consiga um walkie talkie, para que ele possa falar com os outros.
Troy chama Clem e diz que Bill quer falar com ela. Ao chegar lá, Rebecca sai da sala chorando e não fala com Clem. Carver começa com um discurso tentando convencer Clem que tudo aquilo é necessário e não há lugar para falhas, eu concordei com ele, afinal, o homem é louco. No fim do dia, o grupo de Clem discute a melhor forma de escapar e se escapar é a melhor opção. Eles comentam sobre uma horda de walkers que vem se aproximando e que logo estaria ali e isso poderia ser usado como uma distração para escapar, chamando a atenção dos walkers por meio dos auto falantes externos que poderiam ser acionados na sala do Garver. Eles também discutem a opção de esperar Luke agir de alguma forma. Kenny diz que o principal é eles saírem de lá, o resto pode ser improvisado. A maioria não concorda que improvisar seja sequer um plano.
A mulher que não falava nada e foi taxada de esquisita no começo aparece e diz que todos podem se misturar com os walkers, tendo o mesmo cheiro deles, ou seja, se cobrindo de restos e sangue. Clem diz que também já fez isso no passado e funcionou. O grupo acha um jeito de Clem chegar no local onde os walkie talkies estão, então Clem parte em busca dos objetos. Ela consegue entrar na sala e pegar os walkie talkies sem ser notada. De uma forma discreta todos agradecem Clem, inclusive a mulher taxada de estranha, Jane. Antes de dormir, Kenny fala com ar de saudades que lembrou de seu filho, Duck, e de como ele era um bom garoto. Pela manhã, o grupo é separado para fazer diferentes tarefas. Clem, Mike e Kenny discutem sobre quem deveria levar o walkie talkie para Luke. Mike queria levar e Kenny disse que seria melhor se Clem levasse. Eu concordei. No caminho, Bonnie solicita a ajuda de Clem. Ela fala que logo depois que Clem disse que Bill matou Reggie, ela foi verificar e constatou que era verdade e que Bill não parecia ser a mesma pessoa que ela havia conhecido.
Nesse momento podemos optar por dizer que temos que encontrar Luke, falar com Kenny, dizer que não confiamos nela ou ficar quietos. Acho que não seria inteligente expor nosso plano a ela, mesmo que ela não parece má como Carver. Resolvi ficar calada. Bonnie diz que Clem pode ir se ela não se sente confortável ali. Clem vai ao encontro de Luke mas não o encontra. Troy entra e bate em Clem porque ela não deveria estar lá. Ao voltarem ao local onde dormem, encontram Luke e Carver, com um discurso que não remetia a coisas boas. Carver mostra o walkie talkie e diz que se o outro aparelho não aparecer as coisas vão ficar feias. Quando eu ia assumir que estava comigo Kenny sorrateiramente pegou o aparelho da minha mão e assumiu a culpa. Carver começou a bater nele. Sarita, a mulher de Kenny, grita e tenta ir de encontro a ele, Carlos não deixa.
Podemos optar em ajudar a segura-la ou ajudar Kenny. Eu resolvi ajudar Kenny. Quando corri em direção a ele Carver dá um soco em Clem e ela cai no chão. Bonnie chega e tenta intervir dizendo que há problemas em outro lugar, então ele para de bater em Kenny, que já está bem desfigurado. Bonnie diz para todos se prepararem, pois estarão partindo naquela noite. Quando a noite chega, Luke começa com um discurso de que talvez fugir não seja a melhor saída, que ele já esteve lá fora e que talvez ficar seja uma opção. Mike fala que não há como conviver com as insanidades de Carver, Rebecca concorda. Eu concordei que a melhor opção era fugir.
Luke fala em deixar Kenny para trás, evidentemente eu discordei e Kenny acorda de seu pequeno coma. Todos decidem escapar aquela noite e combinam um ponto de encontro caso o grupo se separe. Clem vai a sala de Carver ativar o sistema de som para chamar a atenção dos walkers para que eles possam escapar. Ela consegue e sai da sala em direção ao ponto de encontro. Mas vê seu grupo dominado por Carver. Ela sorrateiramente se aproxima e cai sobre ele dando tempo de Kenny dar um soco nele e Luke tomar sua arma. Rebecca diz para Luke apenas atirar. Eu concordei. Então Kenny atira nas duas pernas de Carver e ao pegar um pé de cabra diz para todos esperarem lá fora. Eu fiz questão de ficar, mesmo com alguns membros do grupo visivelmente chocados com minha decisão. Alguns saem e eu ratifico minha decisão.
Apenas Clem, Rebecca e Kenny permanecem na sala com Carver. Kenny começa a golpeá-lo sem dó até que sua cabeça seja esmagada. Ao saírem de lá, percebem que estão bem perto do olho do furacão, ou seja, da maior concentração de walkers. Rapidamente eles abatem alguns e se envolvem com o sangue e entranhas para se misturarem e não serem notados. Troy aparece e aponta sua arma para o grupo, mas Jane fala calmamente com ele e se aproxima lentamente, ele abaixa a guarda e ela atira nele, fazendo-o de isca. Todos saem andando tentando se misturar com os walkers. Só que os habitantes da comunidade começam a atirar nos walkers e acabam acertando Carlos, que grita e é atacado. Sarah também grita e temos que fazer uma escolha: correr ou de alguma forma ajuda-la. Eu gritei para ela correr mas quando percebi ela já tinha fugido e eu tinha ficado. Travamos uma série de ações nesse momento, entre elas, matar alguns walkers e se esquivar de outros. Em meio a aquilo tudo vemos Sarita sendo mordida na mão. Tudo fica em câmera lenta e podemos cortar sua mão ou não. Eu cortei. Pelo menos ela pode ter uma chance de sobreviver. E assim acaba o terceiro episódio.
Assim como os anteriores, foi um ótimo episódio. Lidamos com os walkers somente no fim e o enredo todo se foca na comunidade e em Carver. O drama ganha muito peso também no game, assim como na série de TV. Em breve teremos mais um capítulo dessa história.
E vocês, o que acharam desse episódio? Quais acontecimentos chamaram mais sua atenção? Comentem!