Crítica | Fear The Walking Dead — S07E08: Alicia está doida… Alguém interna a mina!

Olha, eu nunca senti tanta indiferença quanto agora vendo FTWD. E olha que passamos por temporadas tenebrosas como a 5ª, mas até ela teve episódios fundamentados e divertidos – The End of the Everything, Humbugs Gulch e End of the Line por exemplo – do que a primeira parte dessa perdida 7ª temporada. Perdida ao ponto de inventar moda para que PADRE funcione.

Não vou me lembrar de quando que o assunto mortos retém memória foi citado, talvez só lá no início da série principal quando eles ainda eram ágeis (e perigosos!). De qualquer forma não deixa de ser conveniente isso voltar à tona agora. Não. Minto. Preguiçoso. Porque ter 40 minutos inteiros arrastando um mistério idiota que podia ser respondido em cinco segundos é de uma falta de criatividade sem tamanha. Chega ser engraçado como a dupla faz das tripas coração para manter tudo em sigilo e nesse interim tentar brincar com o espectador mostrando Alicia sendo mordida no presente, somente para dizer que isso já ocorreu antes durante os momentos flashbacks que mais atrapalham do que ajudam. 

Acho que a ideia era tentar mostrar uma possível relação afetuosa entre Alicia e Will a fim de justificar a sentença de guerra nos últimos minutos, quando ela encontra o dito cujo com a cara esfolada no asfalto. Ou talvez tudo tenha sido arquitetado somente para esse fator surpresa (que muito sinceramente eu não ligo, particularmente fiz cara de caguei ao ver a mãozinha do carinha do Todo Mundo em Pânico dela) que estranhamente tem sido levado a sério pelos showrunners. Quer dizer, vamos ignorar o fato dela ter feito uma amputação num esgoto, local nada higiênico diga-se de passagem? Vamos fechar os olhos e aceitar que é a infecção zumbi consumindo a “última” Clark aos poucos, como ela mesma acredita. 

Aliás, o que aconteceu com Alicia? Como se não bastasse acreditar nessa infecção, do nada ela passa a acreditar na pré-vida ainda viva nos mortos. Alguém interna essa mina que ela não tá bem não. Vou rolar de rir ainda se o plot for essa subversão de vírus zumbi para uma leptospirose, ou se no prédio de Strand houver um alçapão brilhante à lá Lost que leve para a terra prometida de PADRE, assim o senador desfalecido estaria certo afinal. Todos felizes!!!

Só falta trazer a já confirmada Madison de volta para que eu abra um sorriso de orelha a orelha e coloque essa como a minha nova temporada favorita, depois da matriarca calar a boca do ninja zen e cancelar o CPF da sumida Charlie, embora eu pense que isso não vá ocorrer (mas a esperança é a última que morre, né?). Não que eu imagine uma melhora da série com o retorno de Kim Dickens, mas pelo menos estarei assistindo à uma com um personagem não odiavel ou ofuscado, como é com meu querido Daniel Salazar. Porque de Morgan eu já cansei de falar, papagaiar, ver e ouvir em todos os sete cantos. 

Termina a primeira parte e eu agradeço ao tempo por isso. Não tenho esperanças para o resto da temporada, mesmo que venha Nick, Ofélia, Troy, Travis e Tobias numa Abigail importada direto do CRM trazendo Rick Grimes a tiracolo. Eu só quero que acabe. É pedir demais?! 


Nota: 1,5/5


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Douglas Gomes
Douglas Gomes
Jogador profissional de banco imobiliário e apresentador de stand up no chuveiro. Nas horas vagas, tocador de guitarra de ar. Um crítico longe de medíocre.

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