No 5º episódio 5ª Temporada de The Walking Dead, “Self Help”, o ex-militar, Abraham, e  o falso cientista, Eugene, ganharam bastante destaque.

Os personagens se uniram ao grupo do Rick e acabaram os convencendo a ir até Washington. Missão? Salvar o mundo dos zumbis, já que o  Eugene  fazia parte de um projeto científico capaz de consertar as coisas. Muitos se perguntaram se realmente existiria tal final feliz para série. Parecia bom demais para ser verdade, não?

Eugene sobreviveria sem o Abraham?

The-walking-dead-5-temporada-character-photos-abraham

A resposta é “não”. Não mesmo. Ele precisava de um homem fragilizado (e forte) que comprasse a sua história naquele momento. O Eugene sequer conseguia correr dos zumbis. Não fazia nada além de gritar “mata, mata”, como fossem baratas. Mas soube manejar o único atributo de sobrevivência que possuía: inteligência, usando o Abraham como escudo para chegar até Washington, onde acreditava ser mais seguro.

Apesar dos danos, não acredito que as intenções do personagem fossem tão perversas. Eugene estava pensando na própria sobrevivência, é claro, mas com o tempo a mentira foi crescendo e se tornando incontrolável. Quando uma horda de zumbis apareceu em frente ao grupo, ele se viu encurralado e acabou falando a verdade. O caso é que a morte de outros membros do grupo também foi revelada. E todos morreram para defender uma missão falsa.

Ele é um cara que está apenas com medo. É um covarde e não sabe outra forma de viver. Ele sente como se não tivesse nada a oferecer ao mundo como está agora, quando na verdade tem muito a oferecer. Ele ainda é um cara inteligente”, explica Josh McDermitt, (Eugene) em entrevista.

Abraham sobreviveria sem o Eugene?

A resposta continua sendo negativa. Como vimos no flashback final, Abraham estava prestes a se matar quando ouviu os gritos de socorro. Após a cena chocante da sua família despedaçada, tal que quase foi censurada pela a AMC devido ao peso emocional, ele enfiou o cano da arma na boca. Mas o Eugene lhe deu uma missão, e não era qualquer uma. Pensando friamente, o falso cientista salvou a sua vida.

“Naquele momento, quando Eugene diz basicamente que estava mentindo, tudo desmorona por Abraham. Ele volta para onde estava um ano e meio, dois anos atrás, com a perda de sua família. Ele está no seu ponto mais baixo. A sua razão para viver foi uma mentira total e absoluta.”, conta Michael Cudlitz (Abraham).

 

Screenshot-2014-11-10-at-12-17-48-pm-5-things-you-might-have-missed-in-the-walking-dead-self-help

“The Shape of Things to Come”

Em “Self Help”, também vemos o Eugene lendo atrás do caminhão, um pouco antes da estranha conversa sobre mullets com a Maggie.

“The Shape of Things to Come” é uma excelente sacada devido às circunstancias do personagem. Na obra de ficção científica, o escritor, HG. Wells, fala sobre uma grande praga que assola sociedade. E conta como em seguida o mundo se torna utópico e dominado por pessoas inteligentes.

 

0e2d4ef01b2c2e6e89394f1cfd98b95ae7978790

 

Buzz Lighyear: “Isso não é voar, isso é cair com estilo”

“Isso não é voar, isso é cair com estilo”, disse o caubói Woody enquanto o Buzz mostrava para todos os outros brinquedos que podia voar pelo quarto. Abraham vivia exatamente a mesma situação que o nosso herói intergaláctico. Ele queria salvar o mundo, mas acabou descobrindo que, não passava de um brinquedo de criança. Nesse caso podemos colocar o Eugene no lugar do Andy.

A primeira reação do Buzz ao descobrir que a sua missão não existia foi desabar, quebrando algumas peças. Felizmente vimos o Abraham socar a cara do Eugene antes disso, quando o “cientista” acabou confessando que ninguém realmente gostava dos seus mullets. E que aquele era apenas o visual que ele precisava ter. Ah, e que não existia cura para o apocalipse zumbi.

Quando o ex-militar se ajoelhou e começou a chorar, percebi que além de se sentir um idiota por ter sido enganado, também estava novamente perdido e sem objetivos na vida. Simplesmente não sabia como funcionar sem uma missão.

Estou curiosíssima para saber como o personagem vai se comportar com a nova realidade. O que vocês acham? Será que ele irá encontrar outro bom motivo para viver?