Um tiro para curar

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A conversa fluía entre eles, com risos singelos, tomados por um sentimento leve e despretensioso. Então um tiro soou e sangue foi jorrado no ar. Retaliação. Axel jazia morto no chão e Carol teve de usá-lo como escudo para não acabar fuzilada.

Todos foram pegos de surpresa. O bem-intencionado Hershel, o perturbado Rick, principalmente aqueles que estavam desarmados como Michonne e Maggie. O Governador atacava. Nitidamente, sua intenção não era matá-los todos, do contrário, teríamos visto um banho de sangue. Ele queria mandar um aviso: Estou só começando, e vocês estão à minha mercê.

Matar apenas uma pessoa, afugentá-los à tiros e por final soltar inúmeros walkers, encurralando o grupo dentro de sua própria casa, foi magistral. Fora, que o tiroteio atraiu ainda mais mortos-vivos. O próprio Rick, agora apenas um espectro do líder que vimos um dia, só conseguiu escapar devido à ajuda de Daryl e Merle.

E apesar de todos os ressentimentos, os irmãos Dixon são um reforço bem-vindo, considerando a situação. Não se trata de uma escolha, a presença deles pode fazer a diferença entre vida e morte. Na verdade, qualquer um deles pode fazer pender a balança. O exemplo disso foi a forma desesperada e desorganizada com que o grupo reagiu ao ataque, por estar sem o pensamento estratégico de Rick ou Glenn.

O que veremos a partir de agora será algo neste padrão. Prenúncios de uma matança, um jogo onde cada peça será extremamente relevante, a diferença entre morrer agora ou viver até o dia seguinte.


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