Habemus Papam! A frase em latim significa “Temos um papa” e foi pronunciada no dia 13 de março de 2013 quando o cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como Supremo Pontífice da Igreja Católica após a renúncia de Bento XVI. Esta lista destaca 10 curiosidades sobre o novo líder dos mais de 1 bilhão de católicos do mundo: Papa Francisco I.
10 – Nascimento
Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 1936. Com 76 anos na data de sua entronização (dois anos mais jovem do que o Papa Bento XVI quando foi eleito), ele é o primeiro papa não europeu. Seu pai foi um ferroviário italiano, o que provavelmente teve influência no estilo de vida simples que Bergoglio levou em seus anos como Arcebispo e depois como Cardeal. Ele tem 4 irmãos e uma irmã. Antes de entrar para um seminário, seu sonho era se tornar químico.
9 – Segundo lugar
Acredita-se que o Papa Francisco foi um forte concorrente ao papado no conclave de 2005, que acabou elegendo Bento XVI como Supremo Pontífice. Documentos vazados após o conclave mostram que o então Cardeal Bergoglio recebeu 40 votos no terceiro turno de votações, número que caiu para 23 votos no último turno. Ele era bastante popular naquela época e é provável que esta popularidade tenha sido uma das razões para sua eleição no último conclave.
8 – Nome papal
Papa Francisco é primeiro a escolher este nome como título, fazendo uma homenagem a São Francisco de Assis. O papa é dos poucos membros conservadores da ordem dos jesuítas. Isso pode ter sido um dos motivos de uma pequena campanha contra sua eleição como papa em 2005, alegando uma suposta falta de carisma dos jesuítas por sua seriedade. Acredita-se que esta “campanha de desmoralização” tenha sido iniciada por outros jesuítas.
7 – Jesuítas
A Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como jesuítas, foi fundada em 1540 pelo Santo Inácio de Loyola e mais seis estudantes da Universidade de Paris. A intenção da ordem era brecar o crescimento do protestantismo durante a Reforma Católica. A ordem foi suprimida em 1760 por suas manobras políticas, porém a supressão foi revogada em 1814.
Na sociedade atual, os jesuítas são frequentemente associados à Teologia da Libertação, juntamente com outros o com outros preceitos religiosos modernos que permitem a alteração de dogmas tidos como inalteráveis. No entanto, alguns jesuítas se mantêm fiéis às inteções originais dos fundadores da Companhia de Jesus, e o Papa Francisco é um deles.
6 – Conservadorismo
No começo do século XX se iniciou uma corrente de pensamento teológico na igreja católica conhecida como Modernismo, que basicamente defendia que a Santa Sé poderia (e deveria) rever dogmas antigos e se aproximar mais do simplismo do começo do cristianismo para se adaptar melhor à sociedade vigente.
Diversos papas se opuseram ao Modernismo alegando que ele levaria o catolicismo à confusão, dissenção e eventual destruição da Santa Sé. Com o Concílio Vaticano II em 1961, o Modernismo foi introduzido mais sutilmente pelo que ficou conhecido como a facção liberal do catolicismo. Desde então, há certa animosidade entre os conservadores e os liberais no Vaticano. O Papa Bento XVI era conservador, assim como o Papa Francisco. O estilo de vida mais simples adotado por Jorge Mario Bergoglio quando era cardeal pode significar que parte da pompa papal pode ser minimizada durante seu pontificado.
5 – Justiça social
Mesmo sendo considerado relativamente calado quando o assunto é justiça social, o Papa Francisco se manifestou contra a desigualdade: “A injusta distribuição de renda persiste, criando um contexto de pecado sociais que clama aos Céus e limita a possibilidade de uma vida plena para muitos irmãos”.
Entretanto, o papa defende santidade pessoal antes da justiça social, crendo que a justiça seria uma consequência da santidade. Ele parece ser um papa que prioriza mais a santidade (através do entendimento do caráter de Deus) do que a caridade. Isso condiz com a educação religiosa tradicional da Igreja no passado.
4 – Sequestro
O papa foi acusado de estar envolvido no sequestro de dois jesuítas nos anos 70, durante a ditadura militar na Argentina, quando atuava como Mestre de Noviços da Companhia de Jesus. Os dois jesuítas alegam ter passado cinco meses em cárcere privado durante a Guerra Suja (período mais violento da ditadura argentina), após terem desobedecido a ordem do Cardeal Bergoglio de se dissociarem da militância esquerdista. O então cardeal foi denunciado por este suposto sequestro em 2005 na Justiça argentina e negou todas as acusações.
3 – Casamento homossexual
Mesmo afirmando que todos os seres humanos devem ser respeitados (o que demonstrou lavando os pés de 12 aidéticos em 2001), o Papa Francisco se declarou totalmente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, se opondo veementemente ao projeto de lei argentino que estudava a legalização da união homossexual. Ele também se opõe à adoção de crianças por casais homossexuais, afirmando que isso acarretaria discriminação à criança adotada, além de causar um terrível retrocesso antropológico.
Em uma carta a todos os monastérios argentinos ele declarou: “Não sejamos ingênuos, não estamos falando de uma simples batalha política; [casamento entre pessoas do mesmo sexo] é uma pretensão destrutiva contra os planos de Deus. Não estamos falando de um mero cartaz, mas sim de uma maquinação do Pai da Mentira, que procura confundir e enganar os filhos de Deus.”
2 – Humildade
Enquanto liderava os bispos argentinos, o Cardeal Bergoglio tinha direito a um palácio e limusine com motorista. No entanto, ele optou por morar em um pequeno apartamento e pegar ônibus para o trabalho todos os dias. Ele cozinhava suas próprias refeições e recusou a decoração suntuosa de seu escritório. Por esse motivo, ele é visto por muitos como uma pessoa humilde. Ainda assim, ele é conhecido pela franqueza na emissão de suas opiniões, se declarando abertamente contra o aborto e métodos contraceptivos.
1 – Expectativas
É provável que Francisco I seja um papa conservador, como Bento XVI foi. Não será surpresa se ele trilhar os mesmos rumos que o seu antecessor, porém de uma maneira mais incisiva. Espera-se que seus hábitos simples se mantenham durante o papado. Além disso, há uma expectativa de que o Papa Francisco promova uma reforma na Cúria, o órgão administrativo da Santa Sé, que está com sua credibilidade abalada pelos sucessivos escândalos envolvendo a Igreja Católica nos últimos anos.
Fonte: Listverse