Os quadrinhos de The Walking Dead seguem sendo um sucesso absoluto. Tanto que o próximo arco, All Out War (Guerra Total), promete ser o maior de todos até o momento. Serão 12 edições quinzenais, começando dia 9 de outubro na edição 115.
O criador da franquia, Robert Kirkman, bateu novamente um papo com o site Comic Book Resources (CBR) e fala ainda mais detalhes sobre o que vem por aí:
A trama de “All Out War” é o clímax de anos e anos de narrativa. Será a história destas comunidades que se formaram. O mundo está mudando e tudo está ficando maior e mais complicado. E por consequência, mais perigoso. Eu finalmente cheguei no ponto da HQ em que a civilização começa o seu processo de reconstrução. E provavelmente teremos mortes no processo.
E Charlie Adlard, o desenhista da série desde a edição 7, terá a ajuda do artista Stefano Gaudiano nestas edições, para conseguir manter nova agenda quinzenal.
CBR: Como estará o campo de batalha no início de “All Out War”?
Robet Kirkman: Na verdade as coisas estarão bem desiguais. No começo teremos Alexandria, O Reinado (The Kingdom) e O Alto do Morro (The Hilltop) juntos contra Os Salvadores (The Saviors), o que deixa a balança pendendo para um lado. Mas essa formação não se manterá ao longo da trama. Haverá revoltas e alguns personagens se mostrarão mais fortes do que aparentavam. Eu não diria que a união entre as três comunidades se manterá ao longo da narrativa. E como já vimos antes em The Walking Dead, acho que Rick logo perceberá que deu um passo maior que a perna.
The Walking Dead não acaba evitando propositalmente seguir um padrão?
Acho que mudanças são um grande aspecto da história de The Walking Dead, logo as incertezas e reviravoltas são parte essencial da trama.
“All Out War” está preparando o terreno para eventos ainda maiores?
A história está sempre sendo preparada para eventos maiores. É uma guerra e tem muita coisa acontecendo. Será tudo muito rápido, mas teremos alguns momentos mais calmos. Planejo contar bastante história nessas 12 edições.
Além dos personagens principais, quais personagens secundários terão um papel importante na história?
Holly, que sempre esteve presente. Ela terá muito desenvolvimento. Heath é outro personagem a ser observado. E teremos tramas com Maggie no Alto do Morro também. E teremos muitos momentos de Aaron e Eric.
Há personagens que você está só esperando a guerra começar para matar?
Não necessariamente. Eu sempre me dou ao luxo de decidir de última hora se o personagem vai morrer. Me divirto muito dessa forma. E teremos um bom número de mortes. Não dá para entrar em uma guerra sem baixas.
Qual volume você considera como sendo o precursor da guerra?
Um bom início seria o Volume 12 – “Life Among Them”, que mostra o grupo de Rick chegando em Alexandria.
O que você canaliza quando escreve sobre Negan?
Negan é uma combinação de coisas que eu as vezes gostaria de falar para as pessoas, mas nunca tive a coragem, além de coisas engraçadas que ouço as pessoas falarem. De vez em quando eu solto alguma maluquice que rende umas risadas e penso: “Isso daria uma boa frase para o Negan”. Mas ele é na verdade um péssimo ser humano. Eu adiciono nele as piores coisas a se dizer em dado momento e as piores formas de reagir. Negan é o personagem central de “All Out War”.
Os sobreviventes esqueceram dos zumbis? Eles ainda darão as caras?
Esta será uma guerra em um mundo infestado por mortos-vivos. Eles surgirão de uma forma enorme e inesperada.
Quais serão os atritos internos que as três comunidades enfrentarão?