Análise de personagem: Andrea

Geekdama no Google News

Torpor.

Meu primeiro ímpeto foi escrever sobre o último episódio da segunda temporada, sendo na minha visão o melhor, mas ao refletir por mais alguns minutos tive a certeza de que deveria falar de uma personagem que definitivamente não é a mocinha da história,  mas que me inspira como nenhum outro o fez. Ela faz com que eu me coloque em seu lugar e me soa como um soco na boca do estômago…

Falo da não tão doce Andrea, aquela que por acidente atirou em Daryl Dixon, aquela que, assim como eu possui um grande amor por sua irmã mais nova  e tanto temia que algo de ruim a acontecesse, dessa forma  sendo retirado tão brutalmente o único ser que ainda restava de sua antiga realidade. Sua única família, Amy.

The Walking Dead ganhou meu respeito por tratar cuidadosamente de todas as suas questões humanas da forma mais realista possível. Definitivamente um cenário brutal onde nem todos os bons se salvam. Pude sentir a enorme agonia de Andrea ao perder sua irmã Amy, como ela claramente endureceu após isso e pensou estar decidida a deixar para trás aquele mundo caótico.

TWD Andrea the walking dead andrea 31793382 900 506Algo dentro de Andrea morreu junto a irmã, ficando uma parte de si que ela mesma não conhecia bem, mas que poderia se adaptar aos poucos. A nova  Andrea  tinha sangue nos olhos, sede de vingança, era movida por uma espécie de torpor que a fazia continuar viva e querer lutar.

Não foi fácil para ela entregar-se a vida novamente ou a qualquer tipo de afeto. O medo e a desconfiança falavam mais alto.  Apesar do gentil Dale tentar protege-la , seu instinto a fez recuar por um bom tempo, apesar de por dentro gostar daquele carinho. Dale, que infelizmente viria a ser sua próxima perda.

Em um mundo onde ela nada tinha a perder além de si mesma, Andre a aprendeu a atirar, a se defender, tornou-se corajosa o bastante para brigar com todas as suas forças contra sua própria realidade, que parecia a querer morta, abatendo zumbis a próprio punho. Correndo pela floresta desconhecida em busca de uma fagulha de esperança. Agarrando-se a isso, sem a menor  intenção de se soltar.

Autor: Lorraine Guimarães

VER COMENTÁRIOS

Veja mais

Confira mais matérias sobre