Chernobyl – Crítica do filme

por Kelly Ribeiro

CPosterchernobyl br1hernobyl acompanha seis jovens de férias pela Europa que, ao chegarem à Ucrânia, contratam um guia especializado em turismo radical para conhecerem Pripyat, cidade-dormitório dos funcionários da usina de Chernobyl, abandonada em 1986 em decorrência de um dos maiores acidentes nucleares da história, o qual resultou na evacuação de mais de 200 mil pessoas nas regiões afetadas pela radiação. Durante o passeio, eles descobrem que a usina não está tão abandonada quanto aparenta e percebem que estão correndo risco de vida.

O filme começa com uma batida montagem mostrando o grupo se divertindo em pontos turísticos europeus ao som da música Alright do Supergrass (alguém aí se lembra das cenas iniciais de Patricinhas de Beverly Hills? Um clássico da Sessão da Tarde dos anos 90).

Estilisticamente o filme tem bons aspectos: a primeira metade da história se aproveita da instabilidade da câmera na mão para ajudar a criar tensão e pela metade do filme vai aos poucos se enveredando para uma câmera mais tradicional. Chernobyl também conta com uma direção de fotografia visualmente atraente, especialmente no uso de luzes contrastadas. A montagem também tem seus trunfos, prestando ao filme ritmo e dinamismo.

Chernobyl marca a estreia de Bradley Park na direção após uma extensa carreira como supervisor de efeitos especiais. Sua principal artimanha para prender o espectador à narrativa e mais a tensão do que o medo: menos sangue, menos gore, mais sustos e mais enigmas.

Infelizmente o filme desperdiça grande parte de seu próprio potencial. Os horrores e desastres que acidentes nucleares podem acarretar, além de todas as teorias da conspiração e especulações surgidas em torno dos acontecimentos em Chernobyl proporcionam uma gama muito maior e mais complexa do que os roteiristas Oren Peli e Carey Van Dyke souberam explorar. Portanto, não espere um roteiro intrigante com plots intrincados.

Porém uma das maiores falhas na trama de Chernobyl está em seus personagens rasos e de construção pobre, os quais não inspiram empatia. Isso faz com que o espectador se importe muito pouco com os problemas enfrentados pelos protagonistas no decorrer do filme.

Certamente há momentos previsíveis e interpretações ruins, mas se você não assistir levando o filme muito a sério, dá para passar o tempo razoavelmente bem entretido.

Título no Brasil:  Chernobyl
Título Original:  Chernobyl Diaries
País de Origem:  EUA
Gênero:  Terror
Tempo de Duração: 86 minutos
Ano de Lançamento:  2012
Estúdio/Distrib.:  Paris Filmes
Direção:  Bradley Parker

Facebook Oficial:  http://www.facebook.com/chernobylofilme


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Kelly Ribeiro
Kelly Ribeiro
Kelly Ribeiro é co-fundadora, editora-chefe, redatora e gerente de comunidades do Geekdama. Com formação em Comunicação Social e Cinema Digital, além de especializações em Marketing e Jornalismo Digital, Kelly supervisiona a produção de conteúdo do portal. Em 2022 foi uma das selecionadas no programa Aceleradora de Comunidades da Meta.

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