The Walking Dead 3ª Temporada: Produtor explica a morte do 10º episódio da 3ª Temporada

Guerra! Armas! Zumbis! Cabelo estranho de Rick Grimes! As coisas atingiram seu auge nos últimos 10 minutos do episódio “Home”, de The Walking Dead, e se você ainda não assistiu a esse episódio, você realmente deveria parar de ler agora.

Alerta de Spoiler: Leia somente se você já assistiu ao episódio “Home” de The Walking Dead

No entanto, outro personagem acaba morto, e este é Axel, o único prisioneiro restante do Sistema Penitenciário de West George foi recebido com um tiro na cabeça, cortesia do Governador. Foi um grande choque e seguido por um tiroteio entre o grupo da prisão e os inimigos invasores de Woodbury, que dirigiram um caminhão cheio de zumbis para ajudarem no ataque. O showrunner de The Walking Dead, Glenn Mazzara conversou comigo sobre o motivo de terem matado um personagem tão intrigante que estava só começando a crescer no gosto dos fãs, sobre a inspiração dentro da grande cena de batalha e porque a sequencia de ação deste episódio representa “A produção cinematográfica de Walking Dead em seu melhor”.

ENTERTAINMENT WEEKLY: Então, eu estava assistindo ao episódio e pensando como eu estava realmente curtindo o Axel e seu estilo diferente, uma vibe menos estressada que ele trazia pra série – especialmente com todo drama que todo mundo estava passando – e aí você vai e mata o cara? O que deu em você?
GLEN MAZZARA: Essa foi uma escolha realmente muito difícil porque nós precisávamos de alguma vingança do Governador. Se ele simplesmente chegasse atirando na prisão sem que isso resultasse em alguém morto ia parecer totalmente desnecessário. Então agora você vai começar a olhar para os personagens e pensar qual que vai agora? E nós avaliamos quase todos os personagens – é hora de matar esse ou aquele? Infelizmente a escolha caiu em Axel. Foi difícil porque teria muito mais história com ele. Eu acho que nós estávamos apenas começando a descobri-lo. Eu amei a entrada dele. Isso só aconteceu porque alguém realmente tinha que ir e foi uma decisão muito, mas muito difícil. Foi algo que eu lutei mais do que, digamos, Lori, porque eu sabia que já estava no enredo a morte dela. Então esse foi um tipo diferente de morte, porque ela foi amarrada a uma história já existente e que não pudesse interferir na continuidade da história. Eu realmente sinto essa perda. Foi muito difícil. Eu acho…Eu não via outra saída pra isso.

EW: Ao contrário de Shane ou Lori, cujas mortes foram preparadas durante alguns minutos e você teve tempo para se preparar pra algo terrível acontecer, essa veio completamente do nada, o que causou ao espectador um choque muito grande.
MAZZARA: Sim, ele não sabia o que iria atingi-lo. Ele estava contando uma história e disse “Uma vez…” e recebeu um tiro. E você sabe por que? Se essa bala não viesse, provavelmente aí estaria começando um romancezinho bem legal entre Axel e Carol. Porque eu acho que ela estava realmente curtindo a conversa. E foi legal ve-la feliz durante um tempo.

EW: Eu conversei com o Lew Temple, que interpretou Axel, e ele sentiu que estava rolando um romance no ar entre os dois. Obviamente, na cabeça de Axel, ele iria adorar isso, e Carol parecia estar gostando dessa possibilidade também.
MAZZARA: Achei que estava rolando sim. Realmente acho. Ele foi um personagem muito divertido de escrever. Era um cara legal. E você odeia perder caras legais assim.

EW: Me fale sobre todo o assédio que isso gerou.
MAZZARA: Essa foi a sequencia que mais estava me deixando estressado fora do trabalho, exatamente pelas pressões em cima do showrunner. Eu só queria assistir essa sequencia de novo e de novo. Eu amei isso. Eu acho que foi perfeitamente dirigido e eu adoro o design dos sons, das músicas e edição. Eu acho que a produção de The Walking Dead está em seu melhor!

EW: O caminhão entra destruindo o portão e aí rola um silêncio enquanto todo mundo tenta entender o que está acontecendo, quando a grade de trás dele cai. Aquele silêncio perturbador enquanto eles esperavam pra ver o que estava dentro do caminhão foi a parte mais assustadora pra mim.
MAZZARA: O que nós estávamos tentando fazer é uma cena no estilo Band of Brothers, onde uma batalha não se resume apenas num tiroteio aleatório, mas tem seus altos e baixos, os momentos de caos, os momentos de silêncio e de medo, e aí um novo round. E isso vem tudo junto. Eu não poderia estar mais feliz sobre esse episódio.  Foi engraçado porque na semana passada algumas pessoas estavam que os episódios estavam meio parados, chegavam falando “Cadê a ação?” e na minha cabeça eu estava só pensando: “Está vindo!”. Nós sabemos como contar essa história. Só não entregamos tudo pra vocês do jeito que vocês esperam. Isso é The Walking Dead, onde vocês ficam grudados na cadeira!

EW: Com certeza, os fãs de Daryl Dixon estão felizes com o jeito que ele se reintegrou ao grupo salvando Rick.
MAZZARA: Essa foi a primeira vez que você viu Rick desde o piloto e disse, “como que esse cara sempre sai dessa?” Na última semana no Twitter muitas pessoas estavam dizendo “Maldito seja, Glenn Mazzara, você tirou Daryl da série! Ele está fora agora porque foi embora com Merle”. E eu só pensando: Não, ele está fora andando pela floresta enquanto pensa o quanto seu irmão é um idiota e ele volta no momento perfeito para se tornar heroico e salvar Rick. Porque se ele não tivesse aparecido, Rick já era. Aquela flecha veio na hora “H”, onde todo mundo iria vibrar.

Fonte: Entertainment Weekly


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Redação
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