Definitivamente a terceira temporada não tem nos dado muitos momentos de calmaria, e quando acontece, não vem atoa.
O Rick crazy jamais chegou a me incomodar. Pelo contrário, acho interessante analisar seu psicológico. Muitos enxergam apenas a Lori andando por aí, sem qualquer significado além do “fantasmagórico”. Muitos exigem que ele continue forte e mantenha sua liderança até o fim, mas o Rick não consegue caminhar eternamente até que suas pernas quebrem, ele precisa parar e tomar fôlego como qualquer ser humano, e não como um Walker movido apenas por instinto irracional.
O poder de seus traumas parece criar versões animadas de si mesmo. Talvez essa seja uma boa explicação para a presença constante da “Lori”. Que por “coincidência” sempre aparece no momento em que o nosso líder precisa tomar alguma decisão. Seguindo um padrão perceptível desde a primeira temporada. Em “Home”, quando finalmente pude reparar em seu vestido branco, percebi que não era um vestido qualquer. A Lori estava de noiva, era a mulher que o Rick talvez precisasse ver. Não acho que ele esteja atrás de sua esposa morta, e sim de respostas.
Por falar em respostas, as cenas em que finalmente pudemos observar o relacionamento turbulento entre os irmãos Dixon, nos deixaram cheios de interrogações e alguns pontos de exclamação sobre o passado deles. Anyway, creio que receberemos mais fragmentos desse quebra-cabeças ao longo da temporada.
A convivência durou menos tempo do que o esperado, e teve direito a divergências de caráter, camisas rasgadas, acusações e ameaças de morte. O Daryl já não está disposto a fazer qualquer coisa em nome de sua sobrevivência, enquanto o Merle continua o mesmo mala de sempre. Ainda estou me perguntando como será o próximo encontro entre ele, Michonne e Glenn. Ambos não estão nada felizes. (A Michonne é difícil dizer rs) Mas o Glenn, ao mesmo tempo em que tenta lidar com os últimos momentos traumáticos em Woodbury, precisa assumir uma nova posição dentro do grupo, pois com Rick fora de combate, não restam opções além de se tornar o macho alfa.
Estou até agora tentando entender o “mimimi” da Maggie. Não vejo a menor razão de ser. Sério! Isso me incomodou profundamente. Tudo bem que ela esteve a ponto de ser estuprada, mas analisando a situação como um todo, eles tiveram muita sorte. Imagine se fosse o Governador da HQ? Embora o Phillip da série esteja se aproximando cada vez mais disso, ainda não é ele.
O final do episódio mais uma vez me deixou boquiaberta. Eu mal tive tempo de começar a gostar do pobre Axel. Mas fiquei feliz por ter sido ele ao invés da Carol, pois o prisioneiro serviu literalmente com um “escudo humano”
A partir daí, a série mostrou muito do que gostaríamos de ver após o hiato. A Michonne em ação com sua espada, muitos tiros, Daryl de volta, o governador com sangue no olho e muitos Walkers tumultuando ainda mais a situação, chegando em uma espécie de cavalo de Troia ou “ Zombie-Delivery”. Essa foi boa!
