A investida era massiva. O potencial, destrutivo, mas o grupo foi pego de surpresa, rechaçado à tiros pela minoria melhor preparada. Mesmo sendo muitos, e com armas superiores, acabaram derrotados. Então fugiram. O Governador os fez parar, queria que retornassem para contra-atacar, mas houve desordem, discordância, discussão. E aquele ruído começou a soar. Um som discreto que foi crescendo e pareceu tomar conta de Philip, despertando nele uma necessidade de extravasar suas frustrações, afinal, alguém precisava morrer. E assim ele o fez. Restaram apenas dois capangas. O resto? Apenas mais corpos para engrossar as fileiras de walkers. No final, resume-se a isso, não? Sangue e carne.
Como disse o Governador: Você mata ou você morre. Ou você morre e mata.
É claro que tivemos grandes momentos neste final de temporada, como o final surpreendente de Andrea. Num momento, realmente parecia que ela conseguiria romper a algema e se salvar, mas isso não aconteceu. Ela própria afirmou inúmeras vezes que “apenas não queria que ninguém fosse morto”. Mas acabou vítima de suas próprias decisões. Uma perda emocionante e trágica.
Também a integração do que restou de Woodbury com o grupo da prisão. Talvez agora eles realmente se tornem uma comunidade como a que se viu na HQ. Provavelmente veremos novos personagens. Novas tramas. Uma expansão de clima e um fôlego para o grupo todo.
E é justamente isso que deixa outra coisa no ar. Aonde anda o Governador? Está ele preparando uma retaliação? Talvez reunindo homens para retornar e atacar mais uma vez a prisão? Durante muito tempo nos perguntamos quando veríamos a tensão esperada, aquela sociopatia que a figura do Governador deveria possuir. Agora talvez tenhamos a resposta: na próxima temporada.
O declínio de Philip soou como uma prévia do que está por vir. De onde está, o Governador só pode cair ainda mais. Mas o quão fundo ele conseguirá chegar? E quantos levará consigo na queda? Talvez haja momentos de calmaria. Relações novas irão surgir e isso traz boas perspectivas. Novos rostos. Esperança. Mas o sague sempre há de jorrar. É parte do mundo deles agora. É parte do que se espera a cada dia.