Fã de One Piece há cerca de sete anos, Rennan Costa sempre se sentiu insatisfeito com os jogos da franquia, crendo que nenhum deles representava bem a obra da Eiichiro Oda.
Os fãs do Naruto, por exemplo, são extremamente bem servidos com os seus jogos (série Ninja Storm), em que você realmente se sente naquele mundo e consegue “incorporar” os personagens.
Por causa disso, em meados de abril deste ano, ele decidiu fazer o jogo One Piece – Legends of Sea, usando como base Little Fighter 2 (LF2), um jogo freeware aberto a alterações, além de sprites de jogos para Nintendo DS, os quais são adaptados para os golpes mais específicos dos personagens.
“Essa engine que eu uso é relativamente simples, comparada com as profissionais, aprendi ela apenas pesquisando no Google mesmo.”, explica Rennan, que alia seus conhecimentos adquiridos na faculdade de Computação com tutoriais encontrados na internet para aprimorar seu jogo.
Rennan cuida sozinho de toda a programação e inteligência artificial do jogo, bem como considerável parte do aspecto visual. As músicas e efeitos sonoros são tirados diretamente do anime, para manter a fidelidade e, assim como os sprites, alguns elementos dos cenários tais como colunas, barris, flores e outros objetos também vêm de diversos jogos.
A paisagem o em que aparece o túmulo do Ace e do Barba Branca, por exemplo, tiveram elementos tirados até mesmo do My Little Pony. No entanto, algumas coisas devem ser criadas do zero tais como o cenário de Weatheria e o dragão de Punk Hazard. Seu irmão auxilia com a elaboração de alguns mapas e as artes complementares são criadas com auxílio do Photoshop.
O jogo
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Há os modos survival, stage e versus. Todos os modos podem ser jogados tanto contra os bots quanto no multiplayer local, que suporta até quatro jogadores. Também é possível jogar online através do Hamachi, programa que cria uma rede local para os jogadores. No modo versus é possível jogar 1×1, 2×2, 3×3, 4×4 ou 1×7 em qualquer combinação com até 8 personagens.
Os novos personagens são inclusos após aparecerem lutando no anime e mostrado pelo ao menos 5 golpes especiais, além de ataques básicos.
Tipo, muita gente me pede o Basil Hawkings ou o Killer, mas é meio que inviável fazer eles. Eu fiz o Kid usando minha criatividade, porque ele não mostrou quase nada, mas o poder dele é algo que dá pra se deduzir e inventar alguns golpes. O Drake eu também criei, mas ele tem um esquema de se transformar, e isso garantiu que ele tivesse golpes variados.
Atualmente o jogo conta com 39 personagens liberados, além de 7 que podem ser destravados, fora adversários menores, como piratas, marinheiros e Pacifistas que aparecem no Modo Stage. Entre os personagens jogáveis estão Sabo (já com os poderes da Mera Mera No Mi) e Bartolomeo.
Há uma constante correção de bugs e balanceamento de personagens para manter o jogo competitivo através de atualizações lançadas a cada 15 ou 30 dias, dependendo da disponibilidade de Rennan, que trabalha em melhorias para o Legends of Sea sempre que tem algum tempo livre.
Na próxima atualização, haverá um personagem secreto em homenagem a uma grande obra que está em sua reta final.
Comunidade
Após criar os nove membros do bando e o Almirante Kizaru, Rennan criou uma página no Facebook para o One Piece – Legends of Sea e contou com a ajuda de vloggers e outras pages para divulgar o projeto.
O feedback e a participação dos jogadores é uma parte importante do desenvolvimento do projeto, os quais opina sobre as atualizações, além contribuírem com gameplays, tutoriais e descoberta de novos combos de ataques.
Como LF2 tem algumas limitações, Rennan pretende desenvolver sua própria engine no futuro para aprimorar o jogo cada vez mais.
One Piece – Legends of Sea é feito de fãs para fãs e é disponibilizado gratuitamente. Para receber mais informações sobre o projeto, curta a página no Facebook, se inscreva no canal no YouTube e participe do grupo.
