O personagem M’Baku é uma fonte de problemas, não apenas para o Rei de Wakanda, mas também para os produtores do filme do Pantera Negra.
O motivo é a versão dos quadrinhos deste super-vilão. Introduzido na revista Avengers #62, de março de 1969, M’Baku (Winston Duke) é o líder da tribo das montanhas de Wakanda que não aceita o reinado de T’Challa.
O problema não são as motivações de M’Baku, mas sua vestimenta e principalmente sua alcunha: Homem-Gorila (Man-Ape).
Por mais que no contexto cultural de Wakanda os líderes usem animais nativos (como a pantera) e um gorila seja símbolo de nobreza, os produtores decidiram que a audiência poderia encarar “Homem-Gorila” como racismo.
Mas ao invés de abandonar um dos mais famosos vilões do Pantera Negra, a Marvel Studios optou por explorar mais seu personagem, tornando-o um guerreiro implacável, mas ainda assim com dignidade e força – o que não faz dele um cara legal.
Em entrevista ao site Entertainment Weekly, o produtor executivo Nate Moore explicou a situação:
Nós o chamamos de M’Baku. Ter um personagem negro fantasiado de macaco acarretaria em inúmeras implicações raciais.
Mas a ideia de que eles louvam deuses gorilas é interessante, pois é um filme sobre o Pantera Negra que é meio que uma divindade também.
O resultado final é que o personagem continua com seus adornos, similares aos quadrinhos, mas sem a máscara de gorila.

O que você achou da modificação do personagem? A Marvel tem razão em suprimir o “Homem-Gorila” ou é uma decisão exagerada?
Pantera Negra estreia dia 15 de fevereiro de 2018 nos cinemas.