O tão aguardado trailer da 9ª temporada de The Walking Dead enfim foi lançado. É engrado pensar que depois do marasmo da Guerra Total – e vejam, rotular um arco que tem como clímax uma guerra com o adjetivo de marasmo é porque algo não vai bem e a premissa básica falhou – consegue oferecer algo que nos deixa de certa forma ansiosos pelo seu retorno, mesmo após tamanhos traumas e desilusões que uma equipe de roteiristas teimosos e diretores sem um toque de capricho. Chamo isso de masoquismo.
De imediato, se essa nova temporada tivesse um subtitulo, deveria ser “Guerra Civil”, pois basicamente o que veremos (de acordo com o trailer) é a ruptura interna do grupo principal da série que vinha unido desde eras distantes numa extinta cidade chamada Atlanta, bem como conflitos entre comunidades que parecem estar tentando trabalhar em equipe no intuito, talvez utópico, de recivilizar o mundo.
Maggie se volta contra Rick cobrando as suas palavras de que após o término da guerra contra os salvadores ele iria seguir sua liderança, e ela reivindica essa responsabilidade para si.
Mas esse não é o único problema de Rick, pois Daryl está saudoso, nostálgico e não acredita que esse estilo civilizado que Rick vem implementando pode dar certo, apontando inclusive que gostaria de voltar a fazer parte do pequeno grupo que começou lá na primeira temporada, onde tudo era possível com base na união das pessoas certas.
E não podemos esquecer daquele que talvez salve a série (mas creio que a partir da segunda metade dessa nova temporada): Negan. Ele continua recluso nos porões de Alexandria, inerte a todos os acontecimentos que acontecem lá fora, e talvez nem sonhe que, assim como todos os grandes ditadores, tem uma legião de fãs e seguidores que não deixam a chama de seu legado apagar.
Os salvadores aparentemente estão fragmentados entre os que acreditam em Rick e o seguem, e aqueles que querem que seu líder supremo e opressor com taco na mão jaqueta de couro volte à luz e novamente lhes dê boa vida às custas de outros.
Essa é a temporada de questões complexas, onde o guerrilhar para sobreviver de certa forma acabou. A batalha agora é interna, organizacional e quase que de choque cultural, tendo em vista que cada comunidade já tinha seus vícios e maneiras de seguir em frente nesse pós fim do mundo. Com a partida eminente de Rick e Maggie, novos personagens serão introduzidos, provavelmente com suas tramas desmembradas na segunda metade.
Essa primeira metade, se posso arriscar, vai ser para colocar a casa em ordem, dar o desfecho dos acontecimentos pós Guerra Total e preparar a passagem só de ida de dois gigantes.
E não poderia deixar passar batido que os tão aguardados Sussurradores enfim darão as caras, aterrorizando e complicando um pouco mais a vida dos nossos já desgraçados sobreviventes. Também arrisco que foco deles fica para a segunda metade.
The Walking Dead deixou marcas profundas nos espectadores após duas temporadas massantes e mal conduzidas, mas confesso que como um bom sofredor, estou ansioso pelas novas abordagens que veremos nessa temporada. Talvez seja a redenção da série para com seus fãs.
Vamos aguardar o tão esperado dia 07 de outubro e ver o resultado, e não deixem de acompanhar as análises de cada episódio aqui no nosso site.
P.S: Michonne matou alguém com a Lucille em uma cena do trailer nos 4min e 12seg? Comente!
