De antemão o Redator que aqui vos fala pede escusa pelo atraso na postagem deste artigo. Meu compromisso com você, caro leitor, é soberano e sempre será da mais alta prioridade e respeito. Para tanto, o objetivo é que a critica semanal nunca seja publicada após a terça-feira, subsequente a exibição de cada episódio, como vinha ocorrendo até este recente incidente e que não deve se repetir. Isso posto, vamos ao que interessa.
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Então uma nova série foi posta na mesa após a saída triunfal de Rick Grimes. Seis anos se passaram, as comunidades prosperam, a civilidade parece ter sido retomada – até ter acometido o encarcerado Negan. The Walking Dead trilha novos rumos, onde o inesperado é o norte da trama e as incertezas a única convicção da audiência.
Judith cresceu e carrega consigo o respeito bonachão e acolhedor de seu falecido irmão e a força e determinação de seu velho pai. Personagem carismática e que é a responsável por carregar a nova leva de personagens para dentro de Alexandria.
Já Michonne está amargurada. A viúva não aceita a perda de seu companheiro, mas luta para manter seu legado. Creio que agora Michonne terá a chance de trazer sua personagem de volta às graças, e quem sabe assim, torná-la novamente interessante.
Carol com seu bizarro cabelo demostrou que ainda tem uma fera dentro de si, ao incinerar vivos os salvadores moribundos que vagavam aos arredores das comunidades após os conflitos que envolveram a construção da ponte. Uma lacuna que está em aberto é justamente o que ocorreu no tiroteio do acampamento enquanto Rick lutava pela sobrevivência após ser empalado no vergalhão.
Padre Gabriel é o garanhão da série. O celibatário agora está encantado por Rosita, e parecem estar vivendo um ávido romance. Eugene, por outro lado, está completamente enciumado, e foi após um acesso de seu ciúmes que finalmente os bizarros sussurradores enfim deram as caras.
Os novos personagens são carismáticos. Achei bacana a iniciativa de inclusão de personagem surdo e mudo com linguagem de libras, mas confesso que quebrou o ritmo narrativo com cada pausa que é dada para a tradução do que foi dito. Não me agradou.
Mas quem roubou a cena desse episódio dessa “nova temporada” que se inicia após o grande marco da semana passada foi o novo personagem Luke (Dan Fogler). Muito potencial artístico e de interpretação foi demonstrado. Seus trejeitos e a forma com que fala são impecáveis. É sempre bom poder contar com novos personagens interessantes em uma trama tão batida. É oxigênio puro.
O episódio foi bom, mas ainda é cedo para avaliar o contexto que será tomado nos novos caminhos que a série está traçando. A Direção foi aceitável e o enredo atraente. Já a fotografia infelizmente não migrou para a mesma de FEAR (eu tinha esperança) e segue com aquele granulado e aparência amadora que sempre me incomodaram.
Angela Kang vem conduzindo muito bem essa primeira metade da nona temporada de The Walking Dead, sepultando sem dó a última temporada de seu antecessor. Minha expectativa é que o destino final de Maggie seja mostrado no próximo episódio. Caso não seja explorado, será um grande revés em momento de euforia, brilhantismo e ternura da série, além de total desrespeito com a personagem e a com audiência.
Nota: 8