Nossa coluna de análises dos episódios de The Walking Dead continua, com discussão sobre o 7º episódio da 3ª Temporada de The Walking Dead, “When the Dead Come Knocking”! A ideia é proporcionar múltiplas visões e discussões mais aprofundadas. O formato desta coluna ainda está em fase de testes. Críticas e sugestões de melhorias sempre são bem vindas. Ainda não viu os comentários dos episódios anteriores? Confira aqui, aqui e aqui!
Quem precisa de mãos?
Glenn provou a Merle que mãos não são assim tão necessárias pra derrotar um zumbi, será que fez o Sr. Dixon se sentir melhor consigo mesmo? Talvez as cenas de tortura do Glenn, a luta com o errante, Maggie sendo assediada, tenham sido as mais interessantes desde a morte de Lori. Woodburry não deixou de parecer uma casinha de bonecas para mim ainda, parece que eles nem vivem no mesmo mundo que o grupo de Rick, tão inocentes, tão bobinhos.
E as pretensões do Governador ao conduzir as pesquisas em relação à memória foram muito claras: ele espera que Penny se lembre dele. Lamento. O único ponto positivo no Governador continua sendo a atuação magistral de David Morrissey, que, sinceramente, está fazendo muito com um material que ainda parece um tanto frágil e desestruturado. Foram prometidas mudanças, vamos aguardar que para melhor.
Encontro das águas
Este episódio, na minha opinião, é a confluência, o ponto de encontro entre rios distintos, entre a história dos quadrinhos e a história da TV.
Agora temos um ápice de tensão: Glenn e Maggie ainda reféns do Governador (que agora sim começa mostrar a verdadeira face), com o grupo de Rick indo ao resgate, o que leva a um iminente encontro entre os irmãos Dixon e de Andrea com Michonne.
Gosto da forma como está bem equilibrada a HQ com TV, o que promete um bom final de meia-temporada e uma promissora segunda metade!
E a guerra vai começar…
Tensão total nesse episódio. Quem é que não ficou roendo as unhas durante a luta do Glen? Ele mais do que provou que também tem seu lado “badass” e sabe muito bem se defender mesmo com as mãos indisponíveis.
O governador com sua atitude hipócrita me deixou irritada. Claro que ele ainda está muito light em relação ao governador de verdade da HQ, mas a atitude humilhante com a Maggie foi no mínimo irritante.
Já Michonne finalmente se uniu ao grupo de Rick. Embora tenha ficado na defensiva, aos poucos ela começa a perceber que as pessoas desse grupo são boas de verdade e já mostrou que está disposta a ajudá-los. Uniu-se aos mais fortes do grupo para juntos enfrentarem o governador e durante o percurso já mostrou do que é capaz durante o pequeno imprevisto. Enquanto Rick e Daryl lutavam sem saber o que fazer com o moço da cabana, Michonne toma uma decisão prática e encerra logo o assunto, apresentando sua “amiga” inseparável à ele e, agora, junto com seus novos companheiros, ela vai mostrar muito mais do que é capaz…
Psicopata
Apesar do clima transitório, o episódio foi um dos meus favoritos até aqui. The Walking Dead no geral, não mostra cenas inúteis. Podemos filosofar durante horas a respeito de cada uma delas. Então “When the Dead Come Knocking” não foi exceção. A cena entre Maggie e o governador em especial foi repleta de sutilezas. O terror psicológico que ele conseguiu impor a ela foi quase tão implacável quanto o estupro, caso tivesse ocorrido. Estava tudo em seu tom voz e nas suas palavras cuidadosamente escolhidas “Se não tirar, eu trago a mão de Glenn aqui” O governador facilmente colocou tanto terror nela quanto Merle conseguiu com Glenn na base da porrada.
O líder de Woodbury tem se mostrado bem diferente da HQ, onde a coisa toda era bem mais explícita e ele assustava qualquer um desde o começo com sua cara de “Machete” Na série ele é um personagem boa pinta, gentil e que tem se mostrado aos poucos. Basicamente é o típico psicopata de quem todo mundo gosta e vai com a cara ( Menos a Michonne rsrs ) E como todo bom psicopata ele possui um ponto fraco, nesse caso é mais conhecida como Penny, a menina zumbi que transformou ele, sem precisar morder.
Michonne e seu ego
Por Andrio Mandrake
Ela deixou woodbury sem qualquer razão aparente, mesmo com o inferno que o mundo se tornou, deixou um lugar seguro pela incerteza da estrada. Não tinha razões para isso, uma vez que todas as dúvidas foram tiradas pelo Governador, além de explicações que foram dadas. Philip se mostrou amigável e solicito. E essa foi a impressão que ficou. Mas é claro que essa conclusão não se encaixa na espadachim. Mesmo quando encontra Rick, ela mal fala, e quando o faz, é só para exaltar seu ego. Orgulhosa em demasia, a única coisa que ela pode oferecer até agora é poder de luta, e vendo como ela se comporta, não é de se estranhar que fique melhor na companhia de zumbis.
Michonne tinha potencial, mas a tentativa de dar a ela a marca de “durona” tornou a personagem de uma possível grande estrela, a uma mulher pouco suportável, cheia de uma personalidade que impede que ela cresça na série. Até agora, ela pareceu perdida no enredo, e nesse último episódio não foi diferente, como se ela simplesmente não pertencesse à série, mas tivesse caído ali de pára-quedas. Talvez a partir do próximo episódio ela passe a perceber como as coisas precisam ser, talvez comece a mudar gradativamente, isso é necessário caso ela se mantenha na série, porque ao meu ver, ela já é a nova Lori.
O silencio que precede o esporro ou o inimigo oculto
Se este sétimo episodio de The walking dead teve como principal objetivo deixar-nos ansiosos com o fim da mid-season, na minha opiniao ele falhou miseravelmente nisso. A minha definição para este episodio e categórica: um tropeço em uma temporada quase perfeita.
Basicamente ele cumpriu seu objetivo, levou a historia ate a porta do ápice e nos deixou la, esperando por mais, mas o fez de uma forma muito superficial, deixando coisas demais em aberto e descaracterizando certos personagens que mereciam mais destaque.
As cenas de tortura entre Merle e Glenn foram boas, mas deveriam ser muito mais intensas e chocantes,com o Merle mostrando ao que veio e se assumindo como a metade carniceira do governador da HQ (de acordo com a minha teoria, o personagem da HQ foi divido em dois e a metade mais sádica e violenta e o Merle, enquanto o governador e apenas megalomaníaco e com tendências ninfomaníacas).
Por falar em ninfomania, a cena entre ele e a Maggie foi simplesmente decepcionante, pois não se tem certeza de nada, ficou tremendamente mal explicado se ele a estuprou ou não, o que nos deixa em duvida se isso foi uma decisão do diretor, se os atores se negaram a encenar algo mais pesado ou se simplesmente houve puritanismo por parte da edição, que aparentemente “picotou” o episodio.
Na minha opiniao, o maior vilão desse sétimo episodio não foi o Merle nem o governador, e sim a censura e o excesso de puritanismo demonstrado nesse sétimo episodio, já que outras series que passam no mesmo horário no Brasil (Game of Thrones, por exemplo), usaram este tipo de cena quando a historia pedia e, apesar de chocar algumas pessoas com tabus como homossexualismo, não perderam audiência por isso.
ANÁLISES DOS FÃS
Conforme indicamos no The Walking Lines da semana passada, a partir desta edição contaremos com uma seleção de análises dos fãs de The Walking Dead, para enriquecer ainda mais o debate.
Quer participar dos debates do próximo episódio? Então fique de olho no TheWalkingDead.com.br pelo Facebook e Twitter para saber em primeira mão assim que for aberto a página de discussão e seleção de análises para o mid-season finela, “Made to Suffer”!
Análise do sobrevivente Patrick Pereira Batista
“When the Dead come knocking” vem trazer a tona, toda a personalidade do Governador, uma pessoa extremamente calculista, que não quer dar passos errados. Também mostrando a ‘família’ que o grupo principal da série se tornou, quando depois de ser espancado e literalmente deixado para ser comida de um ‘Walker’ Glenn não entrega o paradeiro de seu e grupo e onde ele quase consegue enganar Merle (não deixem de ver a cara dele quando Glenn cita o tamanho do grupo isso parece realmente preocupar Merle) só não o fazendo devido a citar o nome de Andrea que se encontra em Woodburry. Não esqueçamos também de Maggie que mesmo após ser ameaçada de estrupo não entregou o a localização do grupo, só o fazendo quando o Governador ameaça matar Glenn o que só mostra o quanto os dois estão ligados.
Isso leva emoções distintas aos fãs que torcem para que Rick e o resto do grupo resgatem os dois vivos (o que em minha opinião é muito difícil devido as recentes entrevistas concedidas pelos autores e atores) Ou seja, esse episódio levantou muitas questões que serão tratadas a seguir e ainda lembrando do encontro entre os irmãos Dixon.
Análise da sobrevivente Débora Sales Da Rocha
O último episódio de TWD foi tenso. Ver o Gleen, que até então parecia mais inofensivo que o Carl, resistindo bravamente às crueldades a qual foi submetido foi absolutamente surpreendente. Mas, gostaria mesmo de considerar com vocês sobre a postura de Andrea. Muita gente aqui critica duramente a postura da loira, mas estão esquecendo que: 1-Andrea é solteira, não tem compromisso com ninguém. 2-O mundo está um caos. Num cenário de horror e desolação, ela encontrou um local aparentemente seguro, com gente para conversar, com água encanada, uma cama quente onde ela poderá dormir tranquilamente e esquecer por algum momento todo o drama que se passa do lado de fora. 3-Você aí sabe que o Governador não presta porque está assistindo tudo. Tente se colocar no lugar de Andrea, com as informações que ela tem… Quem resistiria à liderança carismática de “Philip”? Ele é encantador, envolvente, seduz com suas palavras e seu jeito de salvador da pátria.
Estranha não é a atitude de Andrea, mas sim da Michonne. Qualquer um nessa situação, tendo as mesmas pistas que as duas, também agiria como Andrea. Trocar a aparente segurança, uma possibilidade de amor em meio à catástrofe, pelo que? Por um mundo incerto, cheio de perigos, onde hoje você está vivo e amanhã não se sabe? Sério que você seria tão irracional assim?
Por que “Vagandrea”? Por que safada? Por que biscate? Porque ela tá dando para o Governador! Mas, o que tem demais nisso? Ah, porque ele é um FDP! Mas, como Andrea poderia saber? Pelos instintos da Michonne? Não sei se riu ou se gargalho, sério.
A Andrea é humana, é factível. Se ela soubesse com quem está lidando, com certeza já teria tomando uma atitude. Mas, ela não sabe! Espero que os roteiristas consigam trazer um pouco desses elementos também para a Michonne, pois ela não é nada convincente.
Análise da sobrevivente Isadora Cristina Rodrigues
Um episódio cheio de emoções como só TWD sabe proporcionar! Foi um prazer ver de forma tão marcante a dualidade de nosso líder Rick. Vimos o seu lado tão humano, velho conhecido nosso, ao lidar com a desconhecida. Não obstante a postura protetora para com o grupo estava lá, particularmente no momento em que ele pressiona o ferimento de Michonne para mostrar-lhe com quem estava lidando. Em todos os momentos ele se mostra calmo, racional e no controle, e como admiramos esse Rick!
Admiração. É o que posso dizer também sobre Glenn. A cena da luta contra o zumbi foi de prender a respiração. Pudemos ver como este personagem se fortaleceu e do que ele é capaz não só fisicamente, mas também, emocionalmente.
E o que posso dizer sobre o Governador? Posso dizer que começo a entender a escolha do ator. Neste episódio vislumbrei, pela primeira vez, o verdadeiro psicopata que este personagem promete ser. O vislumbre apareceu de forma muito simples. O momento em que Maggie tira o sutiã a expressão de Philip muda e assume uma espécie de ameaça doentia. Era satisfação, além da já mostrada com Andrea que é natural e saudável, mas uma satisfação pelas possibilidades que surgiam ali com aquela refém. Qual foi o desfecho da cena? Para mim não há dúvidas.
“Fight the dead, fear the living” agora é pra valer!
Análise do sobrevivente Felipe Lins
O sétimo episódio da terceira temporada foi realmente marcante. Abrirá portas para grandes acontecimentos, dando um rumo para a série. A tortura de Glenn e o assédio em Maggie nos mostraram como o grupo de Rick é forte. Diante de todas essas condições eles não entregaram a localização da prisão, ficando claro o sentimento de família que Glenn disse a Oscar que havia. No fim das contas, visando a sobrevivência do namorado, Maggie entrega o lugar, e isso vai acabar sendo fundamental para o plano de invasão do governador.
Enquanto isso, na prisão, as coisas estão tranquilas por enquanto. O resgate de Carol e a chegada de Michonne (salva por Carl e Rick) foram os grandes momentos vividos pelos personagens.
Outro ponto alto do episódio é quando Michonne fala o que sabe quando percebe que o grupo de Rick tem boas pessoas. A busca por Glenn e Maggie começa, passa por um grupo de zumbis (que nos mostra, por incrível que pareça, um cara que não sabia de nada do apocalipse) e a grande chegada a Woodburry. Agora, nós teremos alguns confrontos emocionais, incluindo Michonne e o Governador, Merle e Daryl e Andrea com o grupo de Rick. Espero uma grande MidSeason Finale!
Análise do sobrevivente L@zarus_Rising
Michael Rooker anda levando o sadismo de Merle a extremos. O personagem é surdo a toda e qualquer razão. Impossível ser razoável com ele. A verdade é aquilo que ele pensa que é.
Merle é a quintessência do radicalismo e da intransigência. Além disso, é um sobrevivente extremamente capaz. Diferente de seu irmão, Daryl, Merle é verdadeiramente anti-social. Ele não precisa de ninguém para sobreviver e, também, não precisa de aceitação.
Sua parceria com o Governador me parece pouco coerente. Merle não é o tipo de pessoa que se prenderia à gratidão. Ao menos, não por muito tempo…
Pelas características já citadas, penso que ele será o responsável pela morte do Daryl. Duvido que, na cabeça dele, seu irmão também não o tenha abandonado.
E, a propósito, como já foi frisado por uma amiga, em outro post, palmas para Michael Rooker. Excelente trabalho.
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