Nossa coluna de análises dos episódios de The Walking Dead continua, com a discussão sobre o mid-season finale de The Walking Dead, no 8º episódio da 3ª Temporada, “Made to Suffer”!
A ideia da coluna é proporcionar múltiplas visões e discussões mais aprofundadas. O formato desta coluna ainda está em fase de testes. Críticas e sugestões de melhorias sempre são bem vindas. Ainda não viu os comentários dos episódios anteriores? Confira aqui, aqui, aqui e aqui!
Lembrando que além das análises da equipe do site The Walking Dead Brasil, abrimos o espaço para todos os fãs da série criarem suas próprias resenhas para publicação. Não deixe de conferir os selecionados desta semana! E em seguida começaremos edições especiais do The Walking Lines, analisando os personagens e a temporada!
You wanted your brother?
Isso sim eu posso chamar de um episódio bom. É esse ritmo que eu quero, que todos querem. O frenesi foi simplesmente incrível, muita bala, muita morte, menos olhos, mais revelações. E a Andrea não se cansa de ser burra.
Sem momentos mornos nesse episódio, o tão aguardado Tyreese chegou e passou uma certa confiança, a gente até supera o sentimentalismo dispensável em não querer abandonar a mulher que foi mordida. Já vimos isso antes. Carl cresceu e eu nem tinha me dado conta até ele ser mais homem que o pai (relembrem do “Você devia deixar de ser o líder” da promo do próximo episódio) e mostrar muito mais atitude que uma criança deveria ter.
Woodburry finalmente ficou interessante, o Governador finalmente ficou interessante; a cena com Michonne foi, talvez, uma das mais épicas de toda a série. Não é incrível que ele realmente acreditasse que a Penny fosse se lembrar dele? Talvez ele seja tão burro quanto a Andrea.
Briga desleal
Antes eu não conseguia decidir quais eram de fato os meus sentimentos por ela, mas agora é definitivo: Eu odeio a Michonne da série! Ela é irracional, e foi a responsável por criar um mostro que engolirá a todos. Pois se o governador já era sádico o bastante antes de perder sua filha pela segunda vez, não podemos esperar menos do que um massacre nos próximos episódios.
Se precisasse nomear a luta entre os dois eu chamaria de “SICK” Pois foi uma cena crua, sem firulas e muito assustadora mesmo! Talvez a mais doentia da série inteira. Tanto que não consigo tirar da cabeça a parte em que o governador chora com a Penny nos braços e com um caco de vidro preso no olho. Foi bem difícil não sentir pena daquela situação…
Peço a todos que deixem de lado a própria visão dos fatos como espectadores, e se fixem nas informações que a Michonne tem. Alguma delas seria forte o bastante para que ela enfiasse uma espada por trás da cabeça de um ser que ainda tinha tanta importância para alguém? Sem qualquer espécie de humanidade ou respeito? Creio que agora veremos o lado mais desumano e impiedoso possível no governador, e no ponto de vista da diversão isso é muito bem vindo. Ao menos para isso a Michonne serviu.
Já tivemos uma pequena prévia bem no final do episódio, quando os irmãos Dixon são finalmente colocados cara a cara, na situação mais brilhante que o Mazzara poderia ter criado para tal.
A questão é… quem poderá defender o nosso mais querido “Badass”? Como será a provável visita do governador a prisão? Qual será o destino de Tyreese e seu grupo? Não percam o próximo episódio de National Kid… Ops, The Walking Dead!
Reencontros em meio à guerra
Pra mim, um dos momentos mais interessantes foi quando Daryl descobre sobre seu irmão. Toda aquela conexão entre ele e Rick, que vinha se tornando cada vez mais forte parece se esvair. O olhar dele para seu companheiro muda completamente, como se não o reconhecesse, mas no final permanece ao seu lado. Outro momento foi o reencontro de Michonne e Andrea. Quando Andrea vê o estado de seu novo namorado fica louca e quase ataca o culpado, que para sua surpresa era Michonne, que fica na defensiva. O olhar de Andrea demonstra raiva, mesmo tendo sido ela a sua salvadora no passado. Por outro lado, Michonne olha com certa incredulidade para Andrea, como quem dissesse “Eu salvei você e agora quer me matar por esse idiota?”
E toda essa ação de ataque ao governador e seu bem mais precioso não sairá barato. Ela despertou a ira dele, que já encontrou o suposto culpado por toda essa bagunça. Que belo reencontro dos Dixon não? Resta saber o que exatamente o Governador fará com eles. Uma coisa é certa: Michonne mexeu com quem não devia.
O mais novo homem
Por Andrio Mandrake
O crescimento de Carl durante a série foi surpreendente. Ele tem aprendido de forma implícita a agir como “um homem que faz o precisa ser feito”. Seu exemplo não é só Rick, ele tem mantido contato direto com Daryl, construindo laços mais concretos até do que com seu próprio pai. Também os acontecimentos pesaram sobre ele de forma diferente, a perda de Sophie, a morte de Dale devido ao Walker que ele não foi capaz de matar e ainda permitiu que fugisse, culminando na morte de Lori. Nada antes de ter de por uma bala na cabeça da própria mãe tinha-o atingido tão diretamente. E para esse novo mundo, para essa nova perspectiva sombria, surgiu um novo Carl. Já havia indícios dessa mudança antes, mas agora ela é perfeitamente perceptível. Não se trata mais de um garoto que sabe atirar, mas de um homem que cresceu rápido demais. É claro que isso cobrará seu preço, basta esperar para ver quando.
Paranóia e Xenofobia
The walking dead encerrou este ano com chave de ouro, respondendo uma serie de perguntas e deixando muitas mais no ar.
Na minha concepção, porem, a maior surpresa e ao mesmo tempo alegria em relação a este ultimo episodio foi a reviravolta do Governador. Antes visto como uma versão açucarada do monstro homicida apresentado na Hq, podemos observar uma serie de traumas ocorridos em um curtíssimo espaço de tempo que transtornaram intensamente o “senhor” de Woodbury. O “assassinato” de sua filha por Michonne e a subseqüente perda do olho no combate, a traição de Merle e a abertura de todos os seus segredos para Andrea.
Na ultima cena do episodio vemos um homem que se diz com medo, mas percebe-se claramente que o queima em ódio e xenofobia extremos. E possível fazer uma pequena conexão entre o discurso onde ele apresenta “os que são de fora” como terroristas com a paranóia pos 11/09 que aconteceu nos EUA, e a isso soma-se o fato da apresentação do Merle como um infiltrado dos “terroristas”.
Acredito que a grande lição desta terceira temporada e que, a esta altura do campeonato, já não existem mais heróis e viloes, todos são somente sobhreviventes, igualmente apavorados e crueis, pois a crueldade nasce do pavor de ser vitima da crueldade de outra pessoa.
Vou usar dois argumentos bem simples, baseados em comparações, para esclarecer meu ponto de vista:
Muitos consideravam doentio o fato do governador cuidar de sua filha Penny, apesar dela ser um zumbi, mas não me lembro de tanta repercursao quando descobriram o celeiro onde Hershell guardava não um, mas vários membros de sua família e ainda recolhia os vizinhos que apareciam zumbificados em sua fazenda. Existe tanta diferença de pensamento assim, nesse caso?
Comentários parecidos apareceram quando o Governador matou os militares para se apossar das armas e dos mantimentos deles, mas se observarmos, depois dos dois que Rick matou no bar, quando foi com Glenn buscar Hershell, quantos mais não foram mortos por Rick e cia, na mesma premissa de proteger seu grupo? Logicamente as ações do Governador são mais organizadas e contam com mais pessoas, mas somente por ser o líder de um grupo maior, mais organizado e melhor armado, ele pode ser considerado mais cruel?
Podemos seguir esse raciocínio e refletir a maneira que ambos os lideres tratam Michonne, o protótipo de loba solitária, que não obedece ou se sujeita as hierarquias dos grupos. Um tenta domina-la e o outro usa os serviços dela como guia, e no momento que ela age de acordo com seus próprios conceitos, ele desconfia e a trata como uma ameaça.
Já não existe bons e maus, são todos tons de cinza, e contrariando um dos últimos best sellers, existem bem mais do que cinqüenta deles.
The Frayed Ends Of Sanity
Por Nick Faldon
Com medo, contando mortes e surpresas o grupo se depara com mais novidades. Carl está se tornando , para medo do Rick, o frio homem que o então louco pai não consegue ser, nesse rumo o pequeno poderá adquirir melhor formação para substituto de líder, mas até lá temos o novo tonto e apaixonado personagem: Andrea. Passou de companheira de sobrevivência e caça da Michonne, para marionete vendada mas curiosa. E não mais que finalmente, não haveria melhor momento para tal Daryl encontra seu irmão, não foi aquela cena linda e com música leve de fundo que ele desejou mas, pode ser que rolem uns socos e abraços. Será aquele novo grupo na prisão bons aliados ? Enfim o Tyresse ? Quem mais saltitou da cadeira ao ver a Penny morrer ? Correção: quem mais saltitou da cadeira ao ver a Michonne matar a Penny? Que diretor filho da mãe de inteligente, não tinha melhor fim de capítulo para deixar todos os fãs sedentos por mais, bem mais.
ANÁLISES DOS FÃS
Dando continuidade ao espaço que estreou na semana passada, abaixo temos as análises selecionadas dos fãs de The Walking Dead, para enriquecer ainda mais o debate. Estas análises foram selecionadas a partir da coluna [DISCUSSÃO] The Walking Dead 3ª Temporada Episódio 8: Made to Suffer.
Quer participar dos próximos debates? Então fique de olho no TheWalkingDead.com.br pelo Facebook e Twitter para saber em primeira mão assim que for aberto a página de discussão e seleção de análises da primeira parte da 3ª Temporada!
Análise da sobrevivente Constanza
Esse episódio me deixou com muita raiva. Longe de ter sido ruim, não foi isso. Digamos que tenha sido um episódio onde pela primeira vez a guerra não foi com os zumbis, mas entre si. A guerra que temos no nosso mundo e que foi esquecida por um tempo voltou com a necessidade de sobrevivência. Foi um episódio inesquecível que certamente deixou muita gente paralisada e não acreditando que havia terminado naquele momento. Não por que tinha que ser resolvido, mas por que teremos de esperar agora até fevereiro.
E essa foi a minha raiva. Terminou muito bom pra simplesmente voltar só em fevereiro. Minha melhor série. A melhor dos últimos tempos. As considerações finais que tive desse episódio foi a mesma que tenho tido desde que a 3º temporada voltou. Todos extremamente frios pela necessidade de sobrevivência, porém se tornaram muito unidos ao ponto de arriscarem suas vidas pra salvar uns aos outros. Não existe mais pena. O necessário tem que ser feito e está sendo. Daqui para os próximos, certamente teremos muitas surpresas que continuarão a fazer dessa série a mais vista do momento.
Análise do sobrevivente Alan Felix
O episodio oito de TWD foi espetacular. O primeiro ponto a destacar é a mentalidade de Carl, a cada momento o mesmo anda assumindo a responsabilidade de um líder.O garoto está amadurecendo para o futuro da série, já que a HQ ultimamente o destaca como substituto de Rick. Os ápices de insanidade de Rick ainda estão muito fracos, em relação a HQ o mesmo torna-se um sádico que nunca retruca numa decisão tomada, e sempre faz o impossível para segurança do filho e da família.
A Michonne recuperou algumas características the personagem do HQ, apesar de que não entendi esse ataque dela ao Governador, ficou um pouco ilógico. Darly e Merle, reencontrando novamente foram o máximo. Existe algo de estranho na postura de Merle, com certeza é uma jogada do Governador utilizando-o como espião para atacar a prisão. E sobre o futuro episódio “The Suicide King”, suspeito que o Rick vá ser baleado pelo Governador. Na HQ a primeira empreitada do Governador, Rick é baleado.
Análise do sobrevivente Raphael Montesano
Neste último episódio, deu pra notar o quanto Carl Grimes amadureceu, e evoluiu no seu papel dentro do grupo.Com sua iniciativa de ir descobrir o que estava acontecendo do lado de fora da prisão e de ajudar um grupo desconhecido sem deixar de prestar as devidas cautelas ao tranca-los separadamente; e ainda, com sua iniciativa de ‘finalizar’ a moça ferida para poupar a dor do grupo de faze-lo. Acho que neste momento da série ele deixa de ser o menino odiado por todos e passa a um patamar próximo ao do próprio pai, mostrando coragem e sangue frio nos devidos momentos.
Talvez a Andrea possa tomar um rumo diferente na historia agora, tendo um envolvimento maior na ação da série, deixando de ser o ‘pet’ do Governador e tornando-se uma peça fundamental talvez até para salvar as vidas dos irmãos Dixon.
O reencontro dos Dixon numa situação tão desastrosa, nos faz imaginar qual será a atitude de cada um dos irmãos. Será que o novo Daryl Dixon que se preocupa com o próximo e com o grupo, fará seu irmão mudar, ou o conflito entre os dois lados resultará na morte de um deles? Ou ainda pode haver uma morte nas mãos do próprio Governador?
Michonne parece estar cumprindo seu papel tão esperado pelos fãs. E agora assumidamente está tentando se colocar no grupo de Rick como um membro permanente. E com o grupo de Tyreese chegando, parece que vai haver uma pequena população habitando agora a cadeia. Não sabemos o que esperar da segunda parte desta temporada. Mas podemos ter certeza que ainda seremos surpreendidos. Varias vezes.
Análise do sobrevivente Jefferson De Castro Maiolino
Achei muito bom esse episódio, superou as expectativas de qualquer um, só achei meio sem nexo a atitude da andréa, ela está tão hipnotizada pelo governador que nem falou nada com a Michone e muito menos tomou uma decisão mais concreta sobre a situação do Daryl, será que ela não percebeu que o fato dele estar ali, faz provar que o antigo grupo dela foi guiado pela Michonne e comprova que tem algo de errado? vale a pena ressaltar que o governador está com problemas psicológicos, achar que a filha está viva, a Andréa está completamente fora de sí, já gostei muito dela, mas dessa vez ela perdeu completamente a graça na série.
Parte interessante também foi em que o Carl ajuda o outro grupo, a convivência com essa situação mudou completamente a personalidade de uma criança, tornando ela mais madura e fria ao mesmo tempo, se pararem para analisar ele no inicio da historia, ele era medroso, e isso tudo mudou muito a personalidade dele, o obrigando a mudar sua forma de agir, será que se a Sophia ainda estivesse viva, largaria aquele boneca para segurar uma arma? bem, é isso aí, todos mudando e aprendendo a conviver com o novo mundo que os cercam.
Análise do sobrevivente Gabriel Cunha Diniz
The Walking Dead viveu seu momento de glória nesse episódio 8 da 3ª temporada. Agora sofreremos 2 meses de hiato pra que quando volte em fevereiro possamos ver a luta do século: Merle Vs. Daryl; para que possamos ver a ofensiva do governador contra o grupo de Rick. A série prova que é diferente da HQ, matando a Lori na prisão, mas com tamanho entusiasmo. Temos agora os dois fodásticos Daryl e Micchone, quase preste a se reunir junto do grupo de Rick. Só falta que achem um rumo para a Andrea e que para, finalmente, ela volte a se juntar ao evilrick. Momentos onde até os principais morrem, ou pelo apocalipse ou por fodões. Nada mais está garantido, nem quem vive, nem quem morre, nem quem se separa do grupo ou algo.
TWD provou que a terceira temporada tem tudo para ser tão excelente quanto a primeira e a segunda. É a prova viva que uma série não precisa ter 22 episódios para ser boa ou ser feita por uma “ABC” ou “NBC” da vida. A AMC produz roteiros incríveis e escala sempre os melhores atores. Este é, com certeza, o melhor meio de temporada de todos, e nunca vou odiar tanto um hiato como esse. Dois meses = 8 domingos. 8 domingos sem TWD.
DEIXE SUA OPINIÃO
A discussão está longe de terminar. O que achou dos pontos levantados pela equipe do site e pelos fãs da série? Concorda? Discorda? Tem pontos de vista diferentes dos abordados aqui? Comente conosco!