A coluna de multi-análises do The Walking Dead Brasil está de volta! É o The Walking Lines abordando diversos pontos de vista sobre o 9º episódio da 3ª Temporada, “The Suicide King”.
A ideia da coluna é proporcionar múltiplas visões e discussões mais aprofundadas. O formato ainda está em fase de testes. Críticas e sugestões de melhorias sempre são bem vindas. E não deixe de conferir os comentários do The Walking Lines dos episódios anteriores da 3ª Temporada.
Lembrando que além das análises da equipe do site The Walking Dead Brasil, abrimos o espaço para todos os fãs da série criarem suas próprias resenhas para publicação. Não deixe de conferir os selecionados desta semana! E em seguida começaremos edições especiais do The Walking Lines, analisando os personagens e a temporada!
De volta às emoções
Por Nick Faldon
Pra quem enferrujou ou havia esquecido das emoções no seriado, o capítulo conseguiu reagrupar todas as lembranças e mais expectativas pros seguintes. Dessa vez o tão querido Daryl nos surpreendeu, mas incondicional -cego- amor até no apocalipse é isso mesmo; Rick que beirava à loucura, encontra-se agora a abraçando, surtado e único que vê uma mulher de vestido branco de feição não identificada, mas semelhantemente à Lori, além disso, continua o “dono” das decisões do grupo e agora com mais um grupo dependendo dessas decisões afetadas.
O Governador, oh, é um caso peculiar a parte. Mais insano, narcisista e demagogo, até mesmo no apocalipse, quer o povo e seu mandado mas cansou de atuar como o carinha bom de sorrisos. Por último, não vou desmerecer o único relacionamento no seriado, do Gleen, que nunca demonstrou raiva nem chateação, agora encara e questiona se está recebendo o suficiente, se culpa e se volta para os seus, a namorada, o sogro. Espero muita surpresa, nem sempre das boas, como o Merle e Daryl criando uma parceira, mas, tem muito, muito mais pra sair do Governador e Rick.
Quebra de grupo
Por Andrio Mandrake
Daryl partiu. O braço direito de Rick deixou o grupo para seguir a estrada com seu irmão. Na verdade, essa parecia ser uma das maiores preocupações do xerife quando eles invadiram Woodbury. Ele receava por uma espécie de “recaída” de Daryl, e parece que estava certo. Mas não se trata apenas de um homem a menos no grupo, Rick tinha Daryl em grande estima. Quando havia dúvida, era em Daryl que Rick procurava por um olhar decidido. Irmãos em armas, era do que se tratava, e agora tudo se desfez.
Talvez o surto de Rick no final do episodio seja algo isolado, um extravasamento necessário, um grito de frustração, mas também pode ser o primeiro dominó a cair numa reação em cadeira. Contudo, ainda é cedo, talvez Daryl retorne, apesar de ser extremamente duvidoso, o grupo pode readmitir Merle devido a guerra que se aproxima, ou algo apenas o faça mudar de ideia. Afinal, o Governador vai desejar retaliação, e o grupo de Rick vem diminuindo, ao invés de aumentar.
E também a novos fatores. Tyrese está lá. Na HQ, o papel que Daryl desempenhou coube a ele, como amigo, braço direito, homem de confiança. Talvez esse seja o gancho que levará o recém-chegado a essa posição.
Os mortos vivem, os vivos surtam!
Por Talles Santana
O mais certo ali ta jogando pedra em avião achando que é Pombo! Glenn com nervos exaltados pisando em zumbi como se tivesse amassando cacau, Daryl largando seu único porto seguro pra fugir com um irmão degenerado e que nem sequer tenta mudar de atitude e o Rick chamando urubu de “meu lôro” (ou Lori?). Andrea pelo jeito já ta conquistando votos para eleições Woodbury 2014 (e creio que pra quem acompanha a HQ como eu, essa personagem está sendo A decepção da temporada).
Mas analisando de uma forma geral, o retorno da série mostra que esse término de temporada vai oferecer Vários conflitos pessoais, além do próprio confronto Maior com o Governador, porque obviamente isso não vai ficar barato! Prato cheio pra quem gosta de muita tensão e adrenalina!
Baby Brother?
Salvo o começo frenético e o final assustador, The Suicide King foi mais um episódio cheio de diálogos transitórios. Mas por que não? Precisávamos mesmo conhecer melhor os novos personagens. E uma série que se preze e principalmente que deseje manter-se de pé, precisa construir suas bases dessa forma. Nem tudo se resolve com sangue e turbulências (Mas há controvérsias). Voltando ao começo, durante a pancadaria entre Merle, Daryl e alguns walkers, Maggie aparece disparando, junto a Rick, transformando a arena em um caos fumacento e cheio de zumbis a solta. Estou me perguntando até agora sobre o porquê dela não ter acertado a cabeça do Governador. Talvez Maggie não tenha uma mira muito boa. Espero. Pois ao invés disso acertou a pobre guria ( cujo o nome esqueci ) que vigiava os muros.
No fim das contas todos conseguem se mandar de Woodbury, encontrando Glenn e Michonne na floresta. Ambos não pareceram nada felizes em ver o responsável por tanto sofrimento aos dois. Como se não bastasse, ele resolveu continuar com sua atitude insuportável que o levou a perder a mão algumas temporadas atrás. Rapidamente as possibilidades de ter Merle junto ao grupo da prisão tornam-se nulas. E então, Daryl decidiu seguir com seu irmão mais velho floresta a dentro. Two Against the World! Sou eu, ou essa parceria já não é passível de dar certo?
Daryl é um dos personagens mais interessantes de toda a série, pois demonstrou um enorme crescimento e amadurecimento, não só em força como em caráter, unindo-se ao grupo de uma forma incontestável. Não acho possível que ele se contente em virar o cachorrinho de seu irmão sádico. Sem falar que seria um final bastante injusto para um personagem tão bom.
Montanha Russa de Emoções
Por Bruna Evelyn Ribeiro
Bem, antes de qualquer comentário, confesso que estava eufórica só por voltar a ver os zumbis e nossos queridos personagens de novo. Esse episódio teve momentos importantes, momentos parados e outros intrigantes. O momento tão esperado do reencontro dos irmãos Dixon não poderia ser mais caloroso, né? Mas, felizmente, nada de grave aconteceu. Quando começamos a comemorar o fato de Daryl ter sobrevivo à arena, o perdemos de outra forma. Seu vínculo tão forte com Rick parece ter sido quebrado com a presença de seu irmão de sangue. Ele escolhe seu caminho, abandonando o grupo pelo qual lutou tanto para ajudar no passado, para se unir ao Merle.
O meio do episódio foi mais light. Deu pra recobrar o fôlego depois da tensão do início. Aí, quando o nível de adrenalina parece estar normal, eis que surge a loira do banheiro, digo, Lori. Rick, que em alguns momentos parecia ter recobrado a sanidade, mergulha profundamente de volta à sua loucura. E não podia escolher melhor momento né? Momento de decisão difícil, que envolve outras vidas e pode, de certa forma, definir a vida de seu próprio grupo. Justo nessa hora Lori aparece na área fazendo Rick pirar de vez e agir feito louco diante de todos, que sem entenderem o motivo real, devem ter imaginado que sua reação foi devido à dúvida que estava em questão.
A cena pegou muita gente de surpresa e nos faz questionar como Rick reagirá de agora em diante. Será que essas visões se tornarão frequentes? Será que ele ainda é uma boa escolha para tomar as decisões pelo grupo? Talvez seja a hora de todos se reunirem e discutirem como enfrentarão tudo isso daí pra frente. Até porque eles acabaram de iniciar uma guerra feia…
Sangue e familia
o sangue escorre, espirra vermelho dos vivos, violentados por uma sociedade decadente. Escorre e vaza, negro e viscoso como óleo de uma máquina carcomida. Neste episódio de , porém, vimos outra característica do sangue. a de unir e separar pessoas.
Depois de um reencontro digno das arenas romanas,os irmãos Dixon estão de volta e soltos na estrada. Possivelmente haverão reclamações e lamurias sobre como Daryl e Rick tinham ficado próximos ,mas além de ser a única coisa que a personagem faria sem ser descaracterizada , os dois juntos nesta situação são um grande golpe de marketing : alem de um jogo para x-box, eles cresceram tanto como personagens originais da serie que chego a dizer poderiam ter uma série própria.
Provando que família vai alem do sangue , temos as cenas em que a comunidade da prisão se identifica como “a família” . Glenn, Maggie e Hershell protagonizam cenas de afeto e respeito mútuo.
Vemos Woodbury ganhar uma primeira dama. Enquanto o governador surta, quem mantém a cidade sob um mínimo de ordem é Andrea, apear de que o fato dos antigos amigos estarem por perto ainda não foi explorado.
Finalmente,temos Rick demonstrando que a loucura ainda nao o abandonou. e Tyresse demonstrando interesse em ser o reforço tão necessário para a batalha contra o Governador.
O que esperar dos próximos episódios? Teremos mais sangue, com certeza
ANÁLISES DOS FÃS
Expandindo ainda mais o conceito de múltiplas resenhas, com pontos de vistas diferentes, temos a seguir as análises selecionadas dos fãs de The Walking Dead, para enriquecer ainda mais o debate. Estas análises foram selecionadas a partir da coluna [DISCUSSÃO] The Walking Dead 3ª Temporada Episódio 9: The Suicide King.
Quer participar dos próximos debates? Então fique de olho no TheWalkingDead.com.br pelo Facebook e Twitter para saber em primeira mão assim que for aberto a página de discussão e seleção de análises da segunda parte da 3ª Temporada!
Análise do sobrevivente Pedro Paulo
Uma das melhores partes do episódio foi a insanidade de Rick no final. Rick acha que foi falha dele Lori ter morrido, por isso se tornou um cara mais frio e focado na sobrevivência do grupo. Quando Hershel convence que os novos sobreviventes podem ser confiáveis, o fantasma da Lori aparece para lembrar a Rick o que acontece se ele falhar em proteger o grupo, tomando decisões erradas ou confiando em pessoas erradas. Lori sempre deve aparecer quando Rick precisar tomar alguma decisão importante, já está no psicológico dele lembrar dela. É um aviso do seu consciente sobre seus erros. Basta Gleen receber uns tapas para decidi virar homem. É compreensível, tem a chance de matar o cara que o torturou e é impedido. É um erro deixar Merle vivo, mas Gleen não deve culpar Rick. Aliás o único culpado ali é Merle ser um maldito. Dificilmente alguém aqui mataria o próprio irmão mesmo ele sendo um miserável(só se você for Michael Corleone, e mesmo assim Michael se arrependeu disso).
O Governador está com sangue nos olhos( na verdade no olho),”O piquenique acabou”(não esqueço essa cena). Uma vez ele disse que tentava preservar o modo de vida antigo dentro daqueles muros para Andrea, agora vai convencer a comunidade que o mundo realmente mudou, e é uma questão de matar ou morrer nesse novo mundo. Eu espero que Andrea seja a pessoa que mate o governador. Lembrem-se de que se Rick conseguir vencer o governador teremos uma mudança drástica na história e no desenvolvimento de muitos personagens.”
Análise do sobrevivente Caio Henrique
A volta da série veio com muita expectativa e por isso, no meu ver, não atingiu o que “deveria” atingir. A perda de Daryl enfraquece muito o grupo, embora tenha o reforço de Michonne, que veio pra dar uma alavancada no grupo. Ao que parece, um envolvimento pode surgir entre Beth e Rick, o que pode dar uma grande remexida dentro do grupo. A aparição de Andrea como uma boa oradora e potencial líder surpreende e deixa um tantinho de curiosidade com o papel que ela pode assumir de agora em diante, conforme sua lealdade apontar.
O Governador foi colocado de tal forma na história que ele ocupa um lugar de vilão que não existia, mas não com um perfil completo de vilão. Ele age como se fosse um lado malvado de Hershel, com a presença da filha “walker” e com a certa proteção que ele oferece às pessoas que o seguem. Outro fator importante na presença dele é a forma que ele demonstra que, num mundo tão acabado, os humanos se mantêm como uma grande ameaça. O grupo de Tyreese reforça isso com a dualidade comportamental de seus integrantes, com uma parte querendo tomar a prisão e a outra com esperança de se juntar ao grupo de Rick. O que levou pra baixo a qualidade do episódio foi o nível de loucura que Rick atinge. Esquizofrenia não caiu bem e a consequência do ataque menos ainda. Aguardo ansiosíssimo o próximo capítulo para ver o embate entre o grupo de Rick e os asseclas do Governador. “Vamo que vamo”!
Análise do sobrevivente L@zarus_Rising
Episódio onde praticamente nada causa surpresa. Uma das duas exceções se resume à fuga de Merle Dixon juntamente com Rick Grimes e companhia. Isso foi algo incoerente e desnecessário. Ninguém precisava do Merle para escapar de Woodbury, a ponto de justificar a fuga conjunta. Depois, Merle ainda se depara com Maggie, Glenn e Michonne. Três pessoas com razões fortíssimas para matá-lo, mas antes de qualquer justificativa. Merle ainda provoca todos e ninguém dá cabo do maldito.
A segunda causa de surpresa foram aqueles zumbis trazidos para “apimentar” o confronto entre os Dixons. Que o Governador tenha convencido Woodbury a se vingar dos Dixons, fazendo-os lutar até a morte, vai. Mas, e a droga daqueles zumbis no meio de todo mundo?
Supostamente, a população é manipulável porque sente medo. Todos deveriam estar assustados com a recente invasão. Mas, num improviso daqueles, todo mundo curte a “incrementada” na vingança? A adição destes zumbis é mais um exemplo de elementos que vem sendo acrescentados aos episódios não porque são lógicos, mas sim, porque gera ação/tensão gratuita para os fãs da série. Outro exemplo recente foi aquele louco vivendo sozinho na cabana, numa zona infestada de zumbis.
No mais, o episódio apenas deu sequência aos eventos anteriores, sem novidades. Daryl seguindo seu irmão. Inevitável. Daryl é humano demais para abandonar seu “pobre” irmão. Michonne sendo o cachorrinho de Rick Grimes. Já perdi a conta de quantas vezes ele colocou o revólver na cara dela. Mas Michonne apenas se limita a baixar sua cabeça. Mesmo diante da oportunidade de se vingar de seu quase assassino (lembrando que ela havia arriscado a vida para se vingar do mandante). Glenn super puto com tudo. Andrea tentando fazer algum sentido na série, tornando-se a santa-defensora dos omissos de Woodbury. E, por último, Rick. Sucumbindo cada vez mais ao peso da liderança e de suas perdas, talvez se tornando uma ameaça involuntária para seus próprios protegidos.
Análise da sobrevivente Isis Garcia
O episodio em si não foi tão surpreendente! Daryl assumiu a postura de submisso e saiu vivendo a vida louca com seu irmão mais velho (como disse a Carol: Merle tem o poder de dominar e submeter as pessoas as suas vontades e o Daryl ainda tem muito daquele menino criado com poucas atenções dos pais que se perdeu dias e dias na floresta sem ninguém perceber), e o governador dando uma de homem traumatizado (isso foi patético)! Mas, achei legal a postura de liderança da Andrea (ela saiu de uma vítima suicida para boa atiradora, e agora uma líder), mas o que mais me agradou nesse episodio tão esperado, foi a puta atuação de Andrew Lincoln (Rick) na cena final (estou aguardando desde as ligações do além que ele surtasse) e esta cena fez valer a minha espera. Já estava na hora dele começar a liberar toda a tensão desde que acordou do nada nessa “merda”, matou Shane, Lori morreu e agora perdeu seu braço direito (Daryl). E ter um surto psicótico é a melhor forma de liberar as tensões
Análise da sobrevivente Debora Sales da Rocha
O episódio de reestreia de TWD emocionou muito mais pela grande ansiedade do seu público, após essa longa e torturante espera, do que pelo conteúdo em si. O material trazido nesse nono episódio marca de uma vez por todas a posição e importância de cada membro no grupo, até mesmo da antes descartável Beth, que agora se vê ocupada com os cuidados do bebê. Andrea também se posiciona como provável liderança em Woodbury, o que é bacana, já que uma personagem com tanto potencial como ela vinha sendo mal aproveitada na série.
Por hora, Daryl fez o que devia ter feito: ficou ao lado do único parente vivo que o manipula como quer, mas que ainda é seu irmão. Eu ficaria abismada se ele simplesmente abandonasse Merle pela segunda vez. Esse não seria o Daryl.
Sobre o Rick, discordo redondamente de quem diz que ele começa a ser dominado pelo próprio ego. Rick não quer um pedestal! Ele talvez deseje muito mais uns 5 minutos de sossego, onde não precise tomar decisões difíceis que podem ser o diferencial entre a vida ou a morte de pessoas que ele ama. Rick é um líder, Rick é humano, Rick até agora teve que fazer coisas que feriram irremediavelmente a sua concepção de moral. Não é fácil perder um ente querido da maneira como ele perdeu e ainda ter que aguentar firme, pois tem muito mais gente precisando que ele esteja em condições de continuar indicando o caminho.
Rick enfrenta pressão o tempo todo e está numa posição que nenhum integrante do seu grupo teria condições de suportar. Uma hora ou outra entraria em colapso, óbvio. Ele é humano, estão lembrados? Então, eis que os surtos de Rick começam a demonstrar indícios de perigo futuro para a equipe. Não discordo que isso precise ser discutido e que é preciso se pensar num plano B, mas, por favor, sem tirar o mérito de tudo o que ele fez pela equipe e sem insinuar que o poder subiu à cabeça.
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