Há um tempo liguei o piloto automático com Fear the Walking Dead e os roteiristas também. São as críticas que me motivam a continuar nesse emaranhado de assuntos que vão desde apocalipse radioativo, irmão gêmeo vingativo que não se vinga, bandoleiros apaixonados até PADRE… ou melhor, Alicia. Já que Follow Me dedica-se inteiramente na autodescoberta da jovem adoentada, com a ajuda, por que não, de um personagem novo chamado Paul (Warren Snipe, que realmente sofre de surdez) com uma incapacidade que é explorada de forma rasa e com um background raso que não dá para comover nem o mais sentimental dos sentimentais no momento em que ele toca a gaita de fole de sua falecida esposa antes de ser morto por Arno.
Aliás, se não me falha a memória Arno não tinha muitos motivos para perseguir Alicia. Beleza que ela escapou do bunker e foi contra a ideia de novo Messias do culto, mas isso parece ter ficado de lado para que Arno simplesmente fosse ir até a torre do pobre Strand catapultar alguns zumbis-bombas-radiotivas e tomá-la para si. Fora que a ineficiência desses perseguidores em cumprir a missão dá até câimbra nos olhos de tanto que eu os revirei a cada idiotice do grupo. Dá até impressão de que nem matá-la eles realmente queriam.
Mas se eu for questionar tudo que acontece em Follow Me não haveria espaço para comentar as outras coisas… pera, não há outras coisas. São 50 minutos de conversa fiada sobre significado de sonhos bizarros (só faltou puxar o horóscopo semanal) e incessantes desmaios que deslocam Alicia para onde convém, tendo a perseguição apenas como pano de fundo com nenhum fiapo de perigo, apenas um toque para que a brilhante criatividade dos showrunners, responsáveis pelo roteiro do episódio, voe na forma de uma casa à prova de som como baluarte contra os vilões.
Preso em diálogos chifrin e sem substância alguma, com mais um personagem que não traz nada a história além de conselheiro descartável, Follow Me é mais aquele ruim e velho filler que só essa produção sabe bem como fazer de ponta a ponta, sem tirar nem pôr. Começo a acreditar que quem precisa realmente de apoio psicológico são os showrunners, tamanha a insistência deles no que não dá certo.
É, FTWD tem lembrado os cigarros que fumava constantemente. Não era por necessidade, apenas por costume. Costume esse que chega ao fim quando você se dá conta do quão mal o faz e termina com a embalagem na privada… ou no caso da série, longe da minha galeria. Que eu aguente até o retorno de Madison.
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Nota: 1/5